Preto W.O. já abriu shows de nomes como Racionais MC's e a dupla Thaíde e DJ Hum e exalta escola do rap da década de 90
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Racionais MC’s, Thaíde e DJ Hum, Apocalipse 16, DMN, MC Jack, GOG… são estes alguns dos grandes nomes que inspiram o rapper Willians Freire de Oliveira, 44 anos, ou melhor, Preto W.O.. O artista nascido na Vila Santa Cecília, em Mauá, valoriza em suas rimas aqueles que antes vieram, prepara novas músicas, além de relançar seus trabalhos, Superação (2012), Pessoal Coletivo (2019), Meu Eu (A Busca) (2020) e R.A.P. Respeito Atitude Postura, após assinar com a popular gravadora Rhythm and Blues Records, e com o Projeto Rap Brasil Music.
“Nasci e fui criado em bairro periférico, no Santa Cecília, próximo à região do Jardim Oratório, então convivemos de perto com as dificuldades, como o acesso à cultura, esporte e boa educação, além disso, víamos de perto o crime. No início dos anos 90, nas minhas férias escolares, com oito anos, ia para a casa de uma tia e meus primos dançavam Breaking, e foi aí que tive acesso às primeiras músicas de rap, e aquilo me chamou atenção pelas batidas e rimas, mesmo sem entender, já que era em inglês”, afirma o artista.
A situação mudou quando os primos mostraram a Preto W.O. o disco, Hip Hop Cultura de Rua (1988), que tinha canções do grupo Código 13, MC Jack, O Credo e a dupla Thaíde e DJ Hum, autora da faixa Corpo Fechado, do qual o artista mais se identificou. “Retratava coisas que eu vivia, já que, mesmo sendo pequeno na época, eu já conseguia observar”, revela.
Foi em 1994, com 17 anos, que a primeira chance na música apareceu. O grupo Manos Esquadrão, de Mauá, necessitava de mais um vocalista e convidou o artista para se apresentar em escolas, que aceitou. No mesmo ano, dois membros do Manos Esquadrão se juntaram a Preto W.O. para a construção de um novo projeto, o M.W.N., que levava a inicial dos integrantes. Foi no conjunto que o artista gravou discos e abriu shows de seus ídolos pela primeira vez, como Racionais MC‘s e os próprios Thaíde e DJ Hum.
Tendo a antiga escola do rap como inspiração e homenageando nomes da antiga cena do rap, Preto W.O. iniciou a carreira solo em 2008, já se destacando com a faixa Só Tirando Onda, com participação de Markão II, membro de outro grupo importante para o rap paulista, o DMN. A faixa faz parte do álbum Superação, de 2012, apresentado em shows até 2016. A carreira musical então teve de dividir espaço com a vida profissional de Preto W.O., que também trabalha na área cultural de Ribeirão Pires.
“Em 2019 eu retomei os projeto, e lançamos um disco que chama Pessoal Coletivo. Os recortes e referências desse disco são ligados ao rap e hip hop dos anos 90, que era de protesto, ideologia, e valorização, mostrando que existia um caminho que não o crime”, diz o artista. Com singles e EP lançados na pandemia, Preto W.O vem lançando, há dois meses, projetos pela gravadora Rhythm and Blues Records, com auxílio do Projeto Rap Brasil Music, e já tem previsto outros lançamentos ainda para 2023.
De olho em passar a mensagem do rap e sem palavrões em suas canções, o artista sonha em ver o gênero no patamar mais alto da indústria musical. “O hip hop me salvou e formou meu caráter. Viver de arte no Brasil é complicado, mas se você viu que tem talento, corre atrás do seu sonho”. O trabalho do rapper pode ser acompanhado nas redes sociais: @pretowo30 no Instagram e /pretowooficiall no Facebook, além do perfil do Spotify, com o mesmo nome, onde suas músicas podem ser ouvidas.
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