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Os alunos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) de Diadema decidiram, em assembléia realizada ontem, entrar em greve por tempo indeterminado para reivindicar mudanças na estrutura do campus. Enquanto durar o movimento, o corpo discente concordou em não assistir às aulas.
Segundo Felipe Gilio Andrade de Meneses, coordenador do Centro Acadêmico Unifesp, a greve foi aprovada em assembléia que contou com a presença de aproximadamente 300 alunos. Ele explicou que a principal reivindicação dos estudantes diz respeito ao número insuficiente de laboratórios de pesquisa existente no campus.
"Existem apenas dois laboratórios que, hoje, não comportam mais as necessidades dos alunos. Como é tradição da Unifesp, os cursos são geralmente voltados para pesquisas, então a demanda por laboratórios é muito forte. Se novas instalações não ficarem prontas logo, os estudantes serão prejudicados", argumentou Meneses.
Ele disse ainda que "a greve não foi decidida da noite para o dia". "Foi um processo. Até que percebemos que tínhamos de tomar uma atitude para fazer as coisas andarem mais rápido", disse. "Não estamos parados simplesmente. Enquanto não tem aula, aproveitamos para discutir quais são os nossos direitos e o que podemos fazer para melhorar a qualidade do ensino", completou.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Unifesp informou que "a interrupção temporária da construção dos laboratórios de pesquisa deve-se à recomendação da Curadoria das Fundações Estaduais de São Paulo no sentido de que a Fap (Fundação de Apoio à Unifesp) se abstenha de realizar obras". "Enquanto se busca um acordo jurídico para liberação dos recursos, as obras de adequação dos laboratórios e anfiteatro seguem suspensas", diz o comunicado.
Ainda de acordo com a nota, "uma solução parcial deverá surgir a partir desta semana, quando a Câmara Municipal de Diadema analisará proposta do Executivo de cessão à Unifesp de um edifício de três andares nas proximidades do campus para abrigar, já a partir do início do ano letivo de 2009, as salas de aula dos cursos ministrados em Diadema".
"Dessa maneira, o edifício em que atualmente acontecem as aulas de graduação poderá ser reformado durante as férias escolares para receber os laboratórios de ensino, sem prejuízo aos alunos. "Os equipamentos para essa finalidade já foram adquiridos e os recursos para a reforma não dependem da verba paralisada", conclui.
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