O prefeito de São Bernardo, William Dib (PSB) entregou quinta-feira à Câmara o Plano Diretor. O documento tem como objetivo implementar propostas no setor econômico, ambiental e habitacional, com foco no desenvolvimento sustentável local. Os parlamentares farão, na próxima semana, audiência pública para discutir o projeto que deve ser votado até o dia 10.

Dib destacou durante a entrega da proposta – que demorou um ano para ser elaborada – a participação popular, que rendeu 1.697 sugestões. “O mais importante foi a participação da comunidade e a implementação de mecanismos modernos de urbanização que a cidade precisa.” Segundo ele, pelos parâmetros que estarão em vigência com o Plano até 2017, o município estará preparado para comportar o desenvolvimento econômico e social.

O presidente da Casa, Laurentino Hilário (PSDB), e os demais vereadores presentes, se comprometeram a “fazer a última análise e votaremos até o dia 10”.

O Plano divide a cidade em quatro macrozonas (vocação urbana, recuperação ambiental, ocupação dirigida e restrição à ocupação), de acordo com as características econômicas e físicas. Essas zonas foram subdivididas em 61 unidades de planejamento e gestão, que permitirão a participação da comunidade na gestão das propostas locais.

Finanças – Durante sua visita à Câmara, Dib aproveitou para comentar a saída do secretário de Finanças Marcos Cintra, que ocorreu no dia 18, sob alegação de ter de voltar ao cargo de vice-presidente da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Ele negou que o motivo da saída de Cintra seria uma discussão com Eurico Leite, secretário Especial da Coordenadoria de Assessoramento Governamental. As discussões existem, segundo ele, mas em razão do cargo. “Sua função era cortar despesas e dificultar algum projeto. Por isso, as desavenças são naturais e não houve brigas comigo", falou antes de confirmar que Cintra ainda é seu amigo.

Dib admitiu a possibilidade de reformar o primeiro escalão nos próximos dias. “Nós vamos anunciar somente depois das eleições”.

Sobre os problemas financeiros que a administração está passando, Dib adiantou que, para arrecadar fundos e reverter o quadro, irá leiloar nos próximos dias áreas no Centro. “Vamos publicar o edital no dia 6”, explicou.

A expectativa do Executivo é de que os terrenos rendam cerca de R$ 70 milhões aos cofres públicos.