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Identificação biométrica decreta o fim de senhas e documentos
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
18/02/2002 | 18:12
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A rotina de decorar senhas para acessar contas bancárias e de e-mail, bem como ter de carregar diversos documentos pessoais na carteira, está com os dias contados. Isso será possível graças à biometria – que, por meio da análise de um traço fisiológico ou característica comportamental, é capaz de verificar a identidade de um indivíduo.

A biometria inclui, entre outras tecnologias, o reconhecimento de impressão digital, facial, de íris, retina, voz e palma de mão. “Elementos biométricos não podem ser alterados e são únicos. Passaportes e outros meios de identificação, por sua vez, podem ser alterados e falsificados”, diz Rolf Boegli, diretor de marketing da I/O Software, empresa desenvolvedora de softwares de segurança de informação situada na Califórnia, EUA, em entrevista concedida por e-mail ao Diário.

A biometria irá substituir as senhas, que são facilmente esquecidas. Como, atualmente, a senha é necessária para diversos serviços, há quem use a mesma senha para todas as operações, o que não é recomendável sob o ponto de vista de segurança. A biometria também pode ser usada para substituir documentos de identidade e para o acesso a locais controlados.

Segundo Fábio Perissinotti, consultor biométrico da FingerSec do Brasil, empresa especializada na venda e no desenvolvimento de sistemas e equipamentos de segurança biométricos, testes empíricos comprovaram que o índice de reconhecimento equivocado por impressão digital varia de 0,01% a 0,0001% para a aplicação de equipamentos da empresa. “A biometria irá se incorporar à vida das pessoas de qualquer forma. Porém, caso seja mal implementada, a tecnologia inicialmente pode gerar aversão e rejeição no mercado”, afirma.

De acordo com Fábio, o reconhecimento da íris é uma tecnologia um pouco mais apurada do que a impressão digital e, conseqüentemente, mais cara. Um ponto de verificação custa em torno de US$ 12 mil. No caso do reconhecimento por impressão digital, os sensores custam a partir de US$ 250 – o preço depende de características como tipo de aplicação e o número de usuários.

A LG Eletronics oferece um sistema de identificação pessoal por meio do reconhecimento da íris humana. Trata-se do IrisAccess 3000, equipamento que utiliza quatro processos básicos: localização e posição do olho, captura da imagem, processamento e codificação da íris e registro e gravação do padrão da íris. De acordo com a LG, a utilização da íris para o reconhecimento de pessoas é considerado o método mais seguro disponível atualmente no mercado. “A biometria busca a segurança e conquista cada vez mais espaço. É possível vislumbrar que, ainda nesta década, teremos muitas novidades nessa área”, diz Renato Soliman, gerente nacional de vendas da LG Eletronics.




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