O advogado de Saddam Hussein, Khalil al-Dulaimi, negou neste domingo que seu cliente tenha a intenção de iniciar uma greve de fome, como havia anunciado mais cedo outro integrante da equipe de defesa.
"As informações sobre uma greve de fome do presidente (deposto) e de seus colaboradores não têm fundamento", disse Dulaimi, chefe da equipe de defesa do ex-ditador iraquiano.
"A greve de fome é a arma dos fracos e o presidente legítimo do Iraque ainda é forte", concluiu Dulaimi.
Mais cedo, o advogado jordaniano Zyad Najdaoui anunciou que Saddam Hussein e os sete co-acusados haviam decidido declarar-se em greve de fome como forma de protesto à decisão do Alto Tribunal iraquiano de obrigá-los a comparecer ao julgamento, que será reiniciado na segunda-feira.
"O presidente (deposto) e seus colegas decidiram realizar uma greve de fome para protestar contra as tentativas do tribunal de forçá-los a comparecer", disse Najdaoui, sem precisar o início da mesma.
O julgamento de Saddam Hussein deve ser retomado na segunda-feira. Ele é acusado, ao lado de sete colaboradores, da matança de 148 pessoas após uma tentativa de atentado contra o comboio presidencial em 1982 na cidade de Dujail, ao norte de Bagdá.
A última audiência do processo aconteceu no dia 2 de fevereiro sem a presença dos oito acusados e de seus advogados. A defesa exigia a saída do juiz Rauf Rachid Abdel Rahman como condição para retornar.
O comitê de defesa de Saddam Hussein anunciou em 6 de fevereiro a suspensão de todo contato com o Alto Tribunal Penal.
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