Sábado pela manhã, policiais fizeram uma busca nas proximidades da favela Júpiter, que fica próxima ao local onde os corpos foram encontrados, na Imigrantes, à procura de um segundo suspeito de participar dos assassinatos. O primeiro acusado, que admitiu envolvimento nos crimes, entregou-se na Delegacia de Homicídios da cidade no fim da tarde de sexta-feira. A polícia acredita que ele realmente participou dos assassinatos. O suspeito teve decretada sua prisão preventiva por 30 dias e não terá o nome revelado até que seja reunido um conjunto de provas contra o indiciado.
De acordo com a polícia, moradores da favela Júpiter forneceram informações que ligam o acusado preso aos crimes. Além disso, a descrição de uma das vítimas sobreviventes, o aposentado S.L.S., 73 anos, encaixa-se à fisionomia do preso, de acordo com os policiais.
Como S. ficou cego de um olho e com a outra vista muito prejudicada, ele não conseguiu fazer o reconhecimento do preso confesso. Segundo a polícia, ao ver uma foto do suspeito no computador, o aposentado afirmou que o homem “se parece” com o que o agrediu.
Também na manhã de sábado, a polícia refez o caminho de S. no dia da agressão, em 6 de maio. Ele contou que foi abordado por um homem no Paço Municipal de Diadema e levado até o Km 17 da Imigrantes, onde levou uma paulada na cabeça. O local, um gramado forrado com pedaços de madeira, foi fotografado pelos policiais.
As investigações, agora, giram em torno do suspeito detido. A polícia também trabalha com a hipótese de que os crimes tenham autorias diferentes. “O assassino é alguém que mora próximo ao ponto de desova dos corpos ou que passava diariamente por lá”, disse o delegado assistente da Seccional de Diadema, Mitiaki Yamamoto.
As vítimas fatais foram as seguintes: Antônio Correia Meirelles, 74 anos, morreu em 4 de agosto depois de sacar R$ 100 de um banco; Luiz Carlos Minitti, 44, foi atacado em 10 de agosto depois de tirar R$ 360 da aposentadoria; Dércio Gonçalves Siqueiro, 43, tinha problemas mentais e foi morto no dia 3; João de Deus Pereira, 80, avô de um policial civil, foi sacar a aposentadoria e morreu no dia 17.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.