Setecidades Titulo Saúde
PA Bangu está em condições precárias

Segundo usuários, unidade de Saúde apresenta
problemas estruturais e ausência de profissionais

Nelson Donato
especial para o Diário
14/09/2016 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


As más condições do PA (Pronto Atendimento) Bangu, localizado na Vila São Pedro, em Santo André, continuam sendo alvo de críticas por parte da população. Colocada como uma das prioridades nas duas últimas gestões do município, a unidade de Saúde ainda carece de reformas estruturais, profissionais e até de papel higiênico nos sanitários.

Embora a atual administração municipal tenha retomado nesta semana as intervenções no local, cujo objetivo é reformar e ampliar o espaço, tornando o equipamento em UPA (Unidade de Pronto Atendimento), as melhoras na estrutura e atendimento no PA Bangu ainda permanecem longe do ideal.

Na manhã de ontem, a equipe do Diário esteve na unidade, que é o principal equipamento de Saúde para moradores do 2º Subdistrito, e verificou a ausência de placas de identificação na entrada. No interior do equipamento, muitos assentos da sala de espera estão com os estofamentos rasgados e há paredes com grandes rachaduras que, em alguns pontos, estão cobertas por mofo. Para piorar, parte do teto tem infiltrações e as cadeiras de rodas usadas por pacientes estavam espalhadas pelo ambiente.

Além dos problemas estruturais, os pacientes que buscam auxílio no PA Bangu reclamam da constante falta de médicos e enfermeiros. Ontem, por volta das 12h, seis pessoas aguardavam atendimento pediátrico e a fila de espera ultrapassava uma hora, pois só uma enfermeira atendia a ala.

“Isso aqui está largado. Hoje (ontem), por exemplo, uma única profissional tem que dar conta da pediatria e de todas as pessoas que estão internadas. Assim não dá”, lamentou a auxiliar de enfermagem Ana Paula Ruiz, 30 anos.

Funcionário de uma farmácia, Alessandro Dias, 37, aguardava com a filha há mais de meia hora. “Isso porque ela já passou no médico e está aqui só esperando a injeção. Por <CW-24>causa dessas cadeiras rasgadas ficamos em pé, com as crianças no colo. Pregam tanto a higiene, mas as paredes estão cheias de mofo.”

De acordo com a Prefeitura, a ordem de serviço para retomada das obras de adequação do espaço foi assinada na segunda-feira. Após finalizar em maio deste ano a ampliação do espaço externo da unidade, o Paço diz que nesta segunda etapa os serviços estarão concentrados, inicialmente, na cobertura, além da ampliação. Os mobiliários e equipamentos serão trocados com a entrega da unidade, prevista entre fevereiro e abril de 2017.

A Secretaria de Saúde também ressaltou que existe deficit de profissionais no quadro geral, mas que está sendo reposto com a contratação por meio de processo seletivo. Sobre a reclamação de apenas uma enfermeira na pediatria, a Pasta disse que a unidade conta com três funcionárias por plantão e duas auxiliares de enfermagem nesse setor. Já a falta de papel higiênico nos banheiros, o Paço esclareceu que o item deve ser solicitado na recepção, medida tomada para evitar furto e/ou uso do material para atos de vandalismo.  




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