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Moradias apresentam problemas menos de um mês após entrega

Munícipes do conjunto Novo Jardim Regina, em São Bernardo, cobram solução para falhas estruturais, como infiltração e falta de acessibilidade

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
03/01/2020 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Entregues no dia 9 de dezembro, os 420 apartamentos do conjunto habitacional Novo Jardim Regina, no bairro do Montanhão, em São Bernardo, são alvo de reclamação por parte dos moradores. Fruto do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, o condomínio apresenta falhas estruturais tais como infiltrações e dano na bomba de água, ausência de acessibilidade e de espaço de lazer para crianças.

Os dez blocos de apartamentos foram construídos pela Enplan Engenharia e Construtora e financiados pela Caixa por meio de parceria entre município e União.

Os moradores revelam que, desde que receberam a autorização para habitar o conjunto habitacional Novo Jardim Regina, já perceberam os problemas. No entanto, seguem sem respostas a respeito de soluções. A Prefeitura de São Bernardo informou que o condomínio é de responsabilidade operacional e financeira da Caixa, responsável pela contratação da construtora. O banco federal não retornou até o fechamento desta edição e não foi possível contato com a Enplan.

O apartamento da secretária Vanúbia Geisa, 29 anos, apresenta problemas de infiltrações em um dos quartos, além de faltar água constantemente devido a problema na bomba externa. Ela relata que funcionários da empreiteira responsável estiveram no local, quebraram uma parte do teto de sua cozinha, mas não resolveram a situação. “A falta de interesse deles (Enplan) me deixa preocupada”, declara. 

A cabeleireira Gilmara Batista, 33, morava na Vila São Pedro, área de risco, antes de ser contemplada com a moradia, na esperança de uma vida melhor. “No primeiro dia do ano precisei buscar água na casa dos vizinhos, pois no meu apartamento não tinha. Esse imóvel só está nos dando dor de cabeça”, lamenta.

Já o estudante Luís Henrique Lopes da Silva, 15, enfrenta dificuldades para acessar o bloco onde vive com a família, já que a passagem é estreita demais para a cadeira de rodas. Ele, que foi diagnosticado com mielomeningocele e hidrocefalia, precisa da ajuda do pai, o motorista Luís Ricardo da Silva, 33, para chegar em casa. “Toda vez que ele quer ir até a quadra carregamos ele. É o único jeito”, conta o pai. Segundo os moradores, assistentes sociais da Prefeitura conversaram com as famílias e solicitaram à empreiteira a istalação de rampas de acesso, elevadores e corrimão nos banheiros de deficientes e idosos. 




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