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Processo de municipalização em escola está parado há dois anos

EE Raphael Thomaz Rótulo está sem funcionamento há 10 anos; Estado permitiu o uso da área para construção de uma escola municipal infantil

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
23/01/2020 | 11:59
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Yasmin Assagra/ DGABC


A EE (Escola Estadual) Raphael Thomaz Rótulo Antico, na Vila Mercedes, em Mauá, apresenta uma série de problemas em seu histórico, como falta de manutenções, limpeza e, principalmente, uma possível espera pela municipalização. Fechada há cerca de 10 anos, em 2018, por meio de um decreto, o governo do Estado permitiu o uso da área para construção de uma escola municipal infantil, porém, até o momento, o processo está parado e sem respostas. 

Segundo a administração municipal, na época, houve tratativas junto ao governo para assumirem o local, porém, "não houve avanços", visto que conforme laudos técnicos após vistorias, a estrutura da escola está condenada. "Por essa razão, seria necessário construir uma nova edificação sobre o espaço", destacam em nota. 

Com a espera por soluções da área, moradores pontuam a falta de manutenção e limpeza no local. Segundo os munícipes, a última limpeza realizada no local foi em abril do ano passado, e retornaram ontem (22) para uma nova manutenção. "É fundamental que isso seja limpo com frequência. Mas fica nesse impasse do governo com a Prefeitura e nada fica resolvido", destaca o morador há 20 anos da rua e coordenador de obras, Tarsis de Lima, 47 anos. 

O Diário esteve no local, na manhã desta quinta-feira (23), e presenciou funcionários, por meio da Diretoria de Ensino de Mauá, fazendo o corte e recolhimento dos matos altos. 

Lima destaca que além disso, devido a falta de limpeza, animais como aranha, ratos e insetos acabam invadindo as residências próximas da escola. "É um problema sem fim. Acredito que nessa escola nunca houve uma dedetização desde que foi fechada e nós que sofremos com isso", lamenta. O morador ainda pontua que já estudou na unidade e lamenta pela situação atual. "É triste vê-la desse jeito. Se pelo menos fizessem uma nova escola, iria beneficiar centenas de crianças do bairro e bairros vizinhos", avalia. 

Já a moradora e aposentada, Maria Rita de Jesus, 64 anos, conta que até gambá já apareceu na porta da sua casa. "É uma pena que um espaço desse não seja aproveitado. Além dos animais, escutamos barulhos dos usuários (de drogas) que pulam o muro para ficarem lá dentro", comenta. 

"Há cerca de dois anos e logo depois que os problemas pioraram, procuramos a Prefeitura e soubemos da possível municipalização, mas até agora, nada foi feito", finaliza Rita. 

Questionada, a Secretaria de Educação informou que por falta de demanda, a unidade encerrou as atividades em 2010. A PGE (Procuradoria Geral do Estado) e a Secretaria estudam possíveis encaminhamentos para um futuro uso do espaço.

Mais informações, amanhã (24) no caderno de Setecidades e pelo site www.dgabc.com.br




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