Na onda dessa edição da São Paulo Fashion Week, que prega a sustentabilidade e os materiais recicláveis, Raquel Davidowicz, estilista da Uma, levou para a passarela tecidos tecnológicos, biodegradáveis e de alta durabilidade em suas peças para homens e mulheres. A leveza ficava com o chiffon, voil, organza, malhas e jersey em contraposição ao peso da sarja, gabardine, algodão e o tafetá.

As formas acompanhavam o corpo, fossem elas lânguidas ou arrematadas por fios e fitas que ajustavam o tecido à silhueta. Alguns modelos, amplos, denotavam preocupação com o conforto em fibras elásticas e sintéticas. As golas pendiam nos ombros e lembravam capuzes.

Os vestidos leves e curtos eram complementados por cachecóis desfiados enrolados ao pescoço, para aquecer. Nos pés, em metálicos ou preto,  as "ankle boots" - botinhas na altura do tornozelo, de bico redondo e salto anabela, presas por amarrações de cordinhas - protegiam do frio e davam cara de inverno aos looks extremamente leves.

Para os homens, casacos de veludo podiam ter brilho molhado e se diferenciavam dos esportivos, de capuz e costuras marcadas horizontalmente, que se alternavam na apresentação. Os casacos femininos, mais grossos, contrastavam com a fluidez dos vestidos e as pernas de fora.

Branco, gelo, preto e cinza foram as cores da apresentação da Uma, encerrada com pinceladas de vermelho alaranjado e azul petróleo.