Cultura & Lazer Titulo Lançamento
Construção de novos sons
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
17/10/2009 | 07:00
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Aos 40 anos de idade e 12 de trajetória, inúmeras parcerias e um gosto por experimentações, o cantor e compositor andreense Kléber Albuquerque alcançou uma bagagem como autor que lhe permitiu trabalhar temas semelhantes em seu quinto e recém-lançado álbum, "Só o Amor Constrói". "Neste ponto da carreira reuni uma quantidade de canções suficientes para dar vontade de amarrar o disco com canções que se parecem sob algum aspecto", explica.

Ao lado da Miniorkestra de Polkapunk, banda com a qual se apresenta há cerca de dois anos, Albuquerque mergulhou em referências pessoais e sonoras que flertam com rock e, como sugere o bem-humorado título, o romantismo que não teme a breguice. A principal definição de amor que conhecemos, porém, não é o tema central da bolachinha. "Fala de amor, mas também de desamor. Há a leveza de faixas como Futebol para Principiantes, que brinca com o fato de todo brasileiro dizer que entende do esporte", exemplifica.

O trabalho privilegia também suas estimadas parcerias. Das 15 faixas, seis foram escritas a quatro mãos. Tevê, que o companheiro Zeca Baleiro gravou em seu último trabalho, ganhou versão na voz de Albuquerque. De material inédito produzido a partir de encontros com os amigos estão Ponto Final (Danilo Moraes), Sete Faces (Chico César), Seis Horas (Adolar Marin), Logradouro (Rafael Altério) e Dia de Estrelas (Élio Carnalle). "O interessante é que cada parceria nasce de uma forma. Algumas começam a partir de letras minhas, outras, a partir de melodias", explica.

Junto com a Miniorkestra - cuja formação atual corresponde a André Bedurê (baixo), Estevan Sinkovitz (guitarras), Gustavo Souza (bateria) e Paulo Souza (serrote) - o compositor fez interessantes interferências sobre duas poesias. Cala Frio, de Isac Ruiz, e na voz de Renato Brás, ganhou roupagem musical. De Hilda Hilst, pinçou A Vossa Casa Rosada, declamada pela própria.

Esquadros, cover do sucesso da gaúcha Adriana Calcanhotto), ganhou uma divertida versão ska, com o som marcado do serrote e outros sons inusitados. "Tenho um gosto especial por estranhezas musicais. Assim é possível construir muitos sons", confessa.

TEATRO - Enquanto Kleber Albuquerque trabalha na divulgação de seu novo trabalho, uma seleção de suas composições anteriores é a base da trilha sonora da comédia romântica juvenil "Alice e Gabriel", em cartaz hoje e amanhã no Teatro São Bento, em Santo André.

A montagem tem outras bases na região: o texto é de Jaime Celiberto, escritor de São Caetano, e a direção ficou por conta de Vinicius Calamari, de São Bernardo.

A história narra os encontros e desencontros do casal-título, que se conhece no litoral durante um feriado prolongado. A conexão é tão grande que eles decidem fazer com que aquele amor suba a serra.

Depois de muitos desentendimentos à distância, acabam rompendo. Brisa e Igor, melhores amigos dos protagonistas, tentam de forma atrapalhada reunir o casal.

Alice e Gabriel - Teatro Hoje, às 20h, e amanhã, às 19h. No Teatro São Bento - Rua Manduri, 68 (acesso pela altura do 1.478 da Av. Pereira Barreto), Jardim Estela, Santo André. Tel.: 4422-4430. Ingr.: R$ 15.




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