Projeto de professores conta agora com quatro pontos de coleta de resíduos eletrônicos
Projeto de reciclagem de resíduos eletrônicos promovido por professor de São Caetano ganhou mais três pontos de coleta na cidade. Agora, além da Emefm (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio) Arquiteto Oscar Niemeyer, na Avenida Paraíso, 600, bairro Oswaldo Cruz, é possível deixar os itens na Eme (Escola Municipal de Ensino) Professor Vicente Bastos, na Rua Humberto de Campos, 550, bairro São José, e em dois pontos do bairro Santo Antônio: na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Bartolomeu Bueno da Silva, na Rua Maranhão, 22, e no Centro Digital, na Avenida Goiás, 950.
Na escola em que o projeto teve início, desde o dia 3 de julho foram recolhidos 866,44 quilos de materiais eletrônicos. Segundo o professor de Matemática e um dos responsáveis pela iniciativa Armando Pereira, isso representa economia de 372 mil litros de água utilizada na produção, além de impedir a emissão de cerca de 5 toneladas de gás carbônico e a geração de 187 toneladas de resíduos sólidos. Pereira disse que é importante que a população seja informada sobre o projeto. “Se souberem dos impactos do descarte incorreto desses materiais, todos participarão da ação.”
Outra responsável é a professora de Química Clarice Navarro Barros. Ela mencionou que o descarte apropriado gera benefícios. “Deixamos de extrair recursos da natureza. Além disso, colocar esses resíduos em local correto evita a contaminação por materiais que são tóxicos.”
Clarice destacou a evolução da iniciativa. “Saímos de uma mostra cultural para atividade que envolve a conscientização da comunidade, provocando no entorno da escola a preocupação com o meio ambiente.”
A coordenadora pedagógica do Ensino Médio da Vicente Bastos, Shirley Marques Rodrigues Padovan, destacou a palestra da empresa Loop Logística Reversa, responsável por coletar e destinar os equipamentos doados por alunos e comunidade à reciclagem. “Foram explicados os impactos nocivos de se jogar equipamentos eletrônicos no lixo comum. E não se fala muito no assunto.”
Shirley comentou que a destinação correta de equipamentos eletrônicos é o grande desafio desta geração. “No meu momento de escola, a preocupação era reflorestar. Na geração seguinte, o foco era a água. E hoje temos os resíduos eletrônicos. Os jovens já nasceram com escassez de água e florestas e precisamos fixar na cabeça dos alunos a importância ambiental da destinação correta dos aparelhos que carregamos todos os dias nos bolsos e mantemos em casa.”
Uma das alunas que pretendem participar é Camila Monreal Martins, 16 anos. Ela é estudante do 2º ano do Ensino Médio e reservou aparelhos para levar ao ponto de coleta: um celular, uma batedeira, uma CPU e um monitor. A aluna destaca a colaboração com o meio ambiente. “Todos usamos recursos naturais, às vezes em excesso. Com esse ponto, sinto que posso ajudar a poupar recursos.”
Outro aluno que vai participar é Leonardo Silva, 17, do 1º ano do Ensino Médio. Ele disse que a palestra o ajudou a entender que é necessário dar destino adequado aos eletrônicos. “Até então não sabia o mal que poderia causar (a destinação incorreta). Agora estamos cientes das consequências de não colocar o material eletrônico em lugar correto.”
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