Governo de Minas Gerais proíbe jogos de outros estados, mas Federação apresenta novo protocolo para manutenção de partidas durante fase emergencial
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Horas depois de o Ministério Público negar reversão da recomendação para suspensão das atividades esportivas coletivas durante a fase emergencial do Plano São Paulo de combate à Covid-19, a FPF (Federação Paulista de Futebol) tomou algumas decisões: paralisou até o dia 30 a Série A-3 do Estadual, suspendeu parcialmente algumas partidas da A-2, mas busca alternativas para manter as três rodadas da Série A-1 do período.
O governo de Minas Gerais publicou proibição da realização de partidas de futebol de outros estados, como medida para conter o avanço da doença, tirando uma das possibilidades da FPF para dar sequência aos jogos da elite. Na tarde desta quarta-feira, a Federação convocou reuniões com os 48 clubes das três divisões para tratar do assunto.
"A partir do anúncio da paralisação do futebol, a FPF estudou alternativas e elaborou, com base em dados científicos, um protocolo ainda mais rigoroso para proteger atletas, comissões técnicas, árbitros e os profissionais do futebol. O documento prevê a redução de 56% da quantidade de partidas disputadas no período da Fase Emergencial, com a suspensão temporária da Série A3 e parcial da Série A2 do Campeonato Paulista —a Série A1 teria seus 24 jogos realizados. Para assegurar ainda maior segurança aos profissionais, o novo protocolo criava novamente o conceito de ''Bolha de Segurança'', com todas as delegações testadas e isoladas em hotéis ou centros de treinamento até o fim deste período. Sem qualquer contato externo, os clubes se deslocariam apenas para os estádios (totalmente desinfetados) e retornariam para seus alojamentos, com testagens antes e depois das partidas. Além disso, o número de profissionais de operação de jogo nos estádios seria reduzido em 70%, com um esforço coletivo de comunicação para conscientizar torcedores da necessidade do isolamento social", publicou, em nota, a FPF.
" O futebol é a atividade econômica que possui um rigoroso e inédito protocolo de saúde, com testagens semanais de seus colaboradores e acompanhamento médico diário. Com a paralisação, mais de 3.000 atletas, membros de comissões técnicas e funcionários das agremiações param de ter esse controle médico. O rígido controle faz com que o futebol tenha uma taxa de positividade de 2,2% —15 vezes inferior à taxa do Estado de São Paulo e menor do que a metade do que o número recomendado pela OMS para controle da pandemia (5%). E, como a grande maioria dos atletas que contraíram COVID-19 são assintomáticos, esta testagem ativa permite identificar e isolar imediatamente o profissional, evitando a contaminação de mais pessoas", argumentou a entidade esportiva.
Desta maneira, Santo André e São Caetano, da A-1, bem como Água Santa, São Bernardo FC e EC São Bernardo, da A-2, aguardam o encontro virtual desta tarde para saber como proceder. Por ora, diferente da paralisação do futebol em 2020, ao menos os treinos coletivos estão permitidos.
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