Setecidades Titulo Após laudo pericial
Edifício Di Thiene será demolido, conclui Prefeitura

Prédio de S.Caetano, onde desabamento de laje deixou 102 desabrigados, segue interditado

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
16/07/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Prefeitura de São Caetano anunciou, ontem, que pretende demolir o Edifício Di Thiene, na esquina entre as ruas Conde Francisco de Matarazzo e Heloísa Pamplona, no bairro Fundação. O local está interditado desde 8 de junho, quando desabamento parcial da laje deixou oito pessoas levemente feridas e 102 desabrigados.

A decisão leva em conta resultado de laudo pericial da Defesa Civil e da Secretaria de Obras do município – conforme a Prefeitura, o prédio não possui condições de ser habitado, já que há risco de novos desabamentos.

Por meio de comunicado oficial, a administração destacou algumas medidas que serão realizadas nos próximos dias. Além de ingresso de ação judicial solicitando a demolição do edifício, a gestão de José Auricchio Júnior (PSDB) pretende desapropriar a área com base em avaliação do custo do terreno. Também foi destacado processo de interdição imediata de imóveis vizinhos, sem especificar, entretanto, quantas casas serão atingidas.

Outra promessa feita é o envio do projeto de lei à Câmara que cria auxílio financeiro às famílias vítimas do desabamento. O valor que será disponibilizado aos moradores não foi informado. Desde o acidente, as pessoas contam com abrigo no Clube da Fundação (Rua Ceará, 393).

Em paralelo, a Prefeitura tenta viabilizar junto ao governo do Estado a construção de unidades habitacionais, priorizando estas famílias prejudicadas. Ontem, a administração divulgou que a área que será cedida à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) de São Paulo fica entre as avenidas Guido Aliberti, Lions Club e a Rua Nelson, no bairro Mauá.

A promessa da CDHU é aportar cerca de R$ 120 mil por apartamento – por meio de financiamento que não comprometa mais do que 15% da renda familiar. O prazo para o término da obra é de 24 meses após seu início.

Na noite do dia 30 de junho, alguns moradores – que já fizeram protestos pelas ruas e na Câmara da cidade – tentaram invadir o Edifício Di Thiene. Segundo a Prefeitura, eles foram embora na madrugada, após “diálogo com representantes da Secretaria de Segurança”. 




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