Procurados pelo Diário, centros universitários como Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), UniFEI (Centro Universitário da FEI), Instituto Mauá de Tecnologia e Faculdade de Medicina do ABC afirmaram que não questionam o aluno quanto à raça, porque não sentem a necessidade de registrar a etnia de quem está do lado de dentro dos portões. Via assessoria de imprensa, todas elas disseram considerar a pergunta agressiva e preconceituosa.
Como Alessandro não tem como custear mensalidades estipuladas em, no mínimo, R$ 600, ele pleiteia uma vaga no disputadíssimo curso de Direito da USP (Universidade de São Paulo). “Por essa carreira, posso contribuir com a sociedade de maneira efetiva. Fazer justiça mesmo”, acredita.
Para conseguir a vaga – de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), só 2% dos afro-descendentes brasileiros terminam o curso superior –, ele tem se dedicado exclusivamente ao cursinho pré-vestibular do Instituto Henfil, que freqüenta todas as manhãs no Centro de Mauá. O estudante não é favorável ao sistema de cotas nas universidades públicas – política afirmativa mais discutida nos últimos tempos. “É preciso dizer que não é só o negro que precisa de universidade pública”, disse.
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