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Pé diabético

O pé diabético é uma das complicações crônicas que atingem os diabéticos, sendo que entre 5% a 10% dos pacientes diabéticos são portadores de úlceras

Por Leo Kahn
29/09/2011 | 00:00
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O pé diabético é uma das complicações crônicas que atingem os diabéticos, sendo que entre 5% a 10% dos pacientes diabéticos são portadores de úlceras nos membros inferiores. É a causa mais comum de internação desses pacientes.

A previsão para 2025, segundo a Organização Mundial da Saúde, é de mais de 350 milhões de portadores de diabetes no mundo, 25% dos quais terão algum tipo de comprometimento nos pés.

O principal fator de risco para esse problema é a neuropatia diabética, que leva a perda ou alteração de sensibilidade dos pés, tendo como consequências dores, deformações, feridas, infecções levando até mesmo à amputação, debilidade e atrofias musculares ou alteração do funcionamento dos órgãos internos. O outro fator é a vasculopatia diabética, que pode ser vista nas grandes artérias, e nas arteríolas e pré-capilares.

O diagnóstico é feito pela história clínica e pelo exame físico da lesão. Quando avançada, geralmente é indolor, porém extensa e de odor extremamente desagradável devido à necrose úmida que provoca.

Assim, a inspeção será baseada na procura de úlceras, calos ou qualquer outro problema visível. Consulte o médico caso haja qualquer preocupação a esse respeito. É possível prevenir as infecções nos pés. Manter um bom fluxo sanguíneo é, também, outro aspecto importante. Para isso, tome medidas que baixem a pressão alta e os níveis de colesterol.

É importante também fazer caminhadas com regularidade ou outro tipo de exercício físico. O tabagismo deve ser evitado: 95% de todas as amputações do pé acontecem em fumantes.

Contudo, caso aconteça, não significa que a pessoa não possa continuar levando uma vida normal. Nem mesmo de caminhar ela fica impossibilitada; o cirurgião removerá o mínimo possível do membro, para facilitar o processo. Após a cicatrização, será colocada uma prótese. 

SAIBA MAIS

Lavar diariamente os pés com sabão e água morna, nunca fazendo uso de água muito quente. A secagem deve ser cuidadosa, particularmente entre os dedos; hidratar a pele.

Unhas grandes, muito curtas ou mal cortadas podem causar lesões. O corte deve ser reto, peça ajuda em caso de dificuldade.

Se as unhas forem quebradiças ou grossas, ou se os bordos estiverem infectados, deve-se recorrer a um profissional de Saúde.

Crie o hábito de examinar os pés diariamente à procura de lesões: cortes, bolhas, calosidades e possíveis áreas de infecção.

Antes de calçar os sapatos, inspecione o interior com a mão, procurando corpos estranhos (areias, pregos...).

Não utilize esparadrapo, fita adesiva, ou qualquer outra no pé.

Não use sandálias com tiras entre os dedos.

Os sapatos não devem apertar os pés.

Reparar nas partes desgastadas do sapato.

Nunca caminhe descalço ou com sapatos abertos.

Substituir diariamente as meias, preferindo de algodão, claras e sem costuras.

Não utilizar produtos abrasivos ou irritantes (remédio para calos).

Não colocar os pés junto a fontes de calor.

Evitar cruzar a perna quando sentado.

Elevar ligeiramente os pés enquanto dorme.

Observar alteração e comparação da cor dos membros.

Uma área machucada ou infeccionada na base do pé pode desenvolver uma úlcera e seu aparecimento é mais provável quando a circulação é deficiente e os níveis de glicemia são malcontrolados. Leve esse problema a sério! Se descobrir que tem úlcera no pé, não deixe para o dia seguinte sua visita ao médico. As camadas de pele são gradativamente destruídas pela infecção, criando um buraco quando a úlcera não é devidamente tratada.




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