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As autoridades ucranianas puseram
novamente em funcionamento nesta sexta-feira, um dos reatores nucleares da usina de energia de Chernobyl, que se encontra em operaçao, ignorando protestos internacionais.
O reator número 3 foi posto em operaçao às 5h30, após quase
cinco meses de consertos. Em princípio, estava funcionando com apenas 5% de sua capacidade e vinha aumentando de maneira gradual sua
potência, segundo informou a usina. Funcionários de Chernobyl insistem em que o reator número 3 é seguro.
Governos ocidentais e grupos de defesa do meio ambiente
pediram
reiteradamente ao governo da Ucrânia para fechar a usina. Segundo um acordo assinado em 1995 entre a Ucrânia e o Grupo dos Sete, integrado pelas principais naçoes industrializadas do mundo, a usina deveria ficar fechada até o ano 2000.
"Somos completamente contra o reinício das atividades em
Chernobyl", declarou recentemente Ben Pearson, um ativista do Grupo Greenpeace, de defesa do meio ambiente, no escritório da organizaçao em Amsterdam. "Chernobyl é provavelmente o reator mais perigoso do mundo".
Funcionários de Chernobyl insistiram em que o reator número
3 foi reparado, nao representa qualquer perigo e nao está ameaçado pelo bug do milênio, que poderia fazê-lo confundir o ano 2000 com 1900.
O governo ucraniano diz que pretende fechar Chernobyl no
próximo ano, mas que precisa de US$ 1,2 bilhao do Ocidente para concluir a construçao de dois novos reatores que substituam os de Chernobyl.
O Banco Europeu de Reconstruçao e Desenvolvimento, que
desempenhou importante papel nas conversaçoes sobre o financiamento, deveria ter tomado uma decisao sobre o empréstimo em setembro.
Mas, o banco nada decidiu e outros potenciais financiadores
esperam, segundo se afirma, a decisao do BERD antes de fornecerem qualquer quantia.
A usina de Chernobyl tinha, originalmente, quatro reatores
nucleares, mas o número 4 explodiu em abril de 1986, espalhando radiaçao por grande parte da Europa. Foi o pior acidente do gênero no mundo, tendo causado, segundo as autoridades ucranianas, 8 mil mortes.