A Rede tem mais de 200 pacientes cadastrados e recebe desde pessoas que procuram por informações sobre a doença até famílias que não têm condições de comprar medicamentos e alimentos. A instituição não conta com ajuda governamental. Para arrecadar fundos, promove diversos eventos na região e campanhas permanentes em escolas públicas e particulares para a doação de alimentos. As voluntárias também confeccionam e vendem peças de artesanato.
“Nosso trabalho é minimizar o sofrimento das pessoas que têm câncer”, disse a vice-presidente da Rede, Vera Lúcia Monari. Ela citou como exemplo o trabalho realizado por voluntárias no Hospital Pan Heliópolis, onde estão internados pacientes sem prognóstico de cura (portadores de câncer de cabeça e pescoço). “As atividades diminuem a dor das pessoas internadas”, afirmou. No entanto, a expectativa de vida dos pacientes desta ala é pequena. Não sobrevivem mais de 90 dias.
Mesmo assim, a voluntária Zilda Villas Boas da Silva, 83 anos, uma das fundadoras da Rede, acredita na validade do trabalho voluntário. “Meus esforços podem mudar, de alguma maneira, a vida das pessoas”, disse.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer nasceu da iniciativa de Carmen Prudente, com o objetivo de informar e encaminhar pacientes para o Hospital do Câncer, em São Paulo. Ela convidou Santina Moretti para assumir a instituição em São Caetano, que ficou a frente da entidade até 1998, quando foi substituída por Neuza Lacava. Dois anos mais tarde, o Hospital do Câncer desvinculou todas as redes. A entidade do Grande ABC ganhou independência ao optar por manter as atividades.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.