A passagem entre as ruas Presidente Doutor Dorival Resende da Silva e Luís Marcolino, no Jardim Zaíra, em Mauá, ganhou na última semana uma ponte colorida, depois que a antiga foi levada pela enchente, no início do ano. Mas a alegria das cores é apagada pelo abandono do entorno: o mato alto atrai ratos e insetos e é motivo de reclamação.
Além do mato, há vários pontos de descarte irregular de lixo nas proximidades da ponte, o que contribui para a proliferação de animais nocivos à saúde humana. Alguns locais têm restos carbonizados de detritos, o que indica que a beirada do córrego é frequentemente utilizada como lixão.
A moradora Edineide dos Santos Silva, 36 anos, vive na Rua Luís Marcolino desde que era criança e já viu muito rato entrar em casa. "Também temos medo do mosquito da dengue, que pode se reproduzir em latas e garrafas jogadas à beira do córrego", afirmou.
A dona de casa Severina de Lucena, 53, mora na Rua Presidente Doutor Dorival Resende da Silva e também sofre o problema. "Tem muito pernilongo no calor. Eles se escondem no mato alto de dia e saem à noite para picar a gente", disse.
Outra dona de casa, Maria Aparecida dos Santos Barbosa, 45, lembrou ainda que a antiga ponte era feita de concreto e, mesmo assim, cedeu com a força das águas. "Imagina essa, que é feita de madeira. Vai apodrecer e cair do mesmo jeito", opinou.
ACESSO
A passagem é importante para os moradores do bairro que, sem ela, teriam de dar longa volta para acessar a Avenida Presidente Castelo Branco, um dos centros comerciais do Jardim Zaíra.
Na manhã de ontem, dezenas de carrinhos de feira passaram pela ponte enquanto a equipe do Diário esteve no local. "Se fizessem uma ponte forte a gente comemorava, mas assim é só gasto de dinheiro público", reclamou Maria Aparecida.
Uma ponte semelhante foi instalada perto da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Zaíra, em uma viela ligando a Avenida Castelo Branco à Avenida Jesuíno Nicomedio dos Santos. Também foi feita a reconstrução da lateral da ponte da Rua Emília Scaparo, com a instalação de um guard-rail.
A Prefeitura foi procurada para esclarecer quanto investiu nas intervenções e dizer se a ponte é segura, mas não respondeu.
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