Agora, ficou definido que os residentes estarão na sala de emergência apenas nas oito horas do período diurno dos dias úteis, quando há duas médicas preceptoras. Nos outros horários, fins de semana e feriados farão o estágio em outras instituições conveniadas com a FMABC.
“A situação é considerada grave, os residentes não podem atuar sem um médico supervisor presente no local. Se não há condições para o estágio no pronto-socorro deve-se retirar os residentes. Enviamos uma carta para a comissão (de Residência Médica da FMABC) da faculdade pedindo providências. Daremos um prazo para a resolução do problema e faremos uma vistoria”, disse o médico presidente da Cermesp, Ruy Barbosa. A carta foi endereçada ao médico João Antonio Corrêa, presidente da Coreme da FMABC, mesmo destinatário da denúncia feita pelos residentes.
Por meio da assessoria de imprensa, a FMABC informou que a janela formada pela falta de preceptores é de responsabilidade da Secretaria de Saúde de Santo André, que não estaria cumprindo sua parte no convênio firmado entre as duas instituições. As únicas duas médicas preceptoras que trabalham na sala de emergência do CHM nos dias úteis são docentes da faculdade.
A Secretaria de Saúde, também por meio de assessoria de imprensa, negou qualquer responsabilidade com o problema e delegou apenas à FMABC a disponibilização de preceptores aos residentes. Segundo o médico Ruy Barbosa, um preceptor pode ser um plantonista ciente a ensinar, não necessariamente deve ser docente. A exigência é de que tenha feito residência ou um curso de especialização.
Segundo a Secretaria de Saúde, a retirada dos 26 residentes da sala de urgência do CHM nos plantões noturnos, fins de semana e feriado não afetará o atendimento aos pacientes. A Secretaria informou que há equipe médica para fazer o atendimento do público.
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