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O costume de usarmos fantasias no Carnaval vem da Grécia, Roma e Egito Antigo, quando as máscaras (ainda sem as roupas coloridas) eram utilizadas para misturar o respeito da então festa religiosa com a diversão de reunir diversas pessoas. Tempos depois, na cidade de Veneza, na Itália, os mais ricos se fantasiavam para poder ir disfarçados nos bailes nas comunidades mais pobres, considerados os mais animados.
No Brasil, o costume deu os primeiros passos no século 19, no Rio de Janeiro, e evoluiu com o passar do tempo. As roupas, um tanto quanto estranhas, servem para que possamos nos divertir ao nos passarmos por outros seres, seja um super-herói, uma princesa, um ET ou um animal.
O grande objetivo é que todos possamos nos reunir, deixando de lado qualquer tipo de preconceito e os adereços aparecem como maneira de as pessoas se camuflarem no meio da multidão. Responsáveis pelos grandes desfiles nas cidades, as escolas de samba funcionam como local onde várias realidades e pessoas conseguem se juntar pela proximidade do bairro ou por causa de gostos em comum.
Grande parte da diversão, principalmente para as crianças, é estar livre para deixar a imaginação correr solta. O desenvolvimento imaginário durante a Folia é muito importante quando se é bem jovem.
Figurinos mudaram ao longo dos anos
Nem sempre as fantasias foram da maneira com as conhecemos hoje. Figuras como Superman, bonecas, macacos e personagens do cinema e televisão servem de inspiração para os foliões atuais, mas as primeiras festas eram recheadas de pessoas fingindo ser bruxas, anjos, pierrôs, arlequins e colombinas (esses três últimos famosos personagens de um antigo estilo teatral italiano e que se tornaram símbolo do Carnaval ao longo do tempo).
Os eventos gerais contam com muita criatividade do público, com as boas ideias sendo mais importantes do que o resultado final das fantasias. Já nos desfiles das escolas de samba, a brincadeira é séria. São peças que ajudam a contar toda uma história a ser apresentada quando os grupos desfilam na avenida e geram pontos para a disputa entre as escolas.
Um dos materiais mais bonitos usados nas roupas são as penas de faisão, ave conhecida por ter diversas cores, como azul, amarelo, vermelho e branco.
Consultoria de Helena Theodoro e Laerte Giulini, professores em figurino e Carnaval da Universidade Veiga de Almeida, do Rio de Janeiro.
Allan Bazogli Rodrigues, 11 anos, de Santo André, acha que as fantasias deixam a festa mais alegre. “Muita gente de outros paises vem ao Brasil para aproveitar o Carnaval daqui, porque é bonito e divertido.” Ele mesmo já se fantasiou algumas vezes na data. Suas opções foram os heróis Naruto e Superman. “Fico imaginando como as pessoas se fantasiavam antigamente.”
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