Um ônibus com capacidade para cerca de 50 pessoas, todas moradoras no Km 24 da Via Anchieta, em São Bernardo, teve como destino a Câmara, ontem pela manhã. A manifestação foi para pedir o apoio dos vereadores no impasse judicial iniciado pela Ecovias, concessionária responsável pela administração do Sistema Anchieta-Imigrantes.

A empresa tem liminar, cassada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, para reintegração de posse de área invadida há pelo menos 20 anos e que hoje abriga 57 famílias - cerca de 220 pessoas, entre crianças, adultos e idosos. O terreno fica em frente à Volkswagen e ao lado do centro de distribuição da Casas Bahia.

"Temos de buscar uma alternativa de habitação", afirmou o porteiro Erivaldo Ferreira, 25 anos, morador há dez anos no terreno às margens da rodovia, sentido Santos-São Paulo. Ferreira tem mulher e dois filhos.

O presidente da Câmara, Hiroyuki Minami, defendeu uma "solução digna" para o impasse entre governos municipal e estadual, além da própria Câmara. Porém, não designou a constituição de uma comissão de parlamentares para acompanhar o caso. A Ecovias disse que "avalia a situação". E a Prefeitura, que enviou ofício ao Estado.