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Liberado, aterro tem mais 200 dias de vida útil
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
05/02/2011 | 07:46
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O aterro sanitário de Santo André, que estava interditado desde maio e foi liberado anteontem pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para voltar a receber o lixo do município, tem mais 200 dias de vida útil.

Isso porque, para garantir fôlego ao equipamento, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) vai continuar mandando a maior parte dos resíduos coletados para aterros particulares.

Na quinta-feira, quando permitiu novamente o uso do equipamento, a Cetesb sinalizou que o depósito poderá receber mais de 66,5 mil metros cúbicos de lixo, até se esgotar por completo.

Para evitar o colapso precoce da área, que tem 6.000 metros quadrados, o Semasa irá destinar apenas cerca de 200 toneladas de resíduos por dia.

A outra parte do lixo recolhida no município, 500 toneladas, continuará sendo enviada para depósitos particulares, prática que a Prefeitura adota desde a interdição de seu aterro.

Se a média for mantida, os 66,5 mil metros cúbicos - cada metro corresponde a cerca de 0,6 tonelada - serão alcançados em 200 dias.

A estratégia tem por objetivo oferecer maior sobrevida ao equipamento. Caso o município optasse por depositar, diariamente, todo o lixo recolhido no aterro, a capacidade seria atingida em apenas 57 dias.

Além da manobra, o Semasa justificou que a racionalização da utilização do espaço e o aumento da coletiva seletiva também contribuem para que uma quantidade cada vez menor de lixo seja encaminhada para o aterro.

INTERDIÇÃO
Em maio, o empreendimento foi interditado porque recebendo resíduos acima da cota permitida.

Além disso, escoava chorume (liquido produzido pelo lixo) para áreas externas e não mantinha cobertura adequada, propiciando a atração de vetores e emissão de odores.

Segundo a Cetesb, todas as exigências e melhorias necessárias para reabertura do aterro foram atendidas pelo Semasa.

Quanto à área de 40 mil metros quadrados, que o município pleiteia para ampliar em até 13 anos a vida útil do aterro, o governo do Estado informou que ainda está analisando o pedido.




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