O mercado de capitais brasileiro registrou recorde em novembro. Os volumes ofertados de valores mobiliários, tanto no País quanto no Exterior, atingiram R$ 290,7 bilhões no acumulado dos 11 meses deste ano. O montante representou alta de 105,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. "E se a economia continuar em ritmo aquecido, nossa projeção é que 2011 tenha crescimento de 25%", disse o presidente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), Marcelo Giufrida.

O segmento de renda variável foi responsável por R$ 148,8 bilhões do montante acumulado no ano. A evolução diante ao mesmo período do ano passado foi de 225,2%.

Por outro lado, a renda fixa teve expansão mais tímida sobre o mesmo período do ano anterior, de 47,90%. Dentro do segmento foram captados R$ 141,9 bilhões.

"O resultado foi fantástico", afirmou o presidente da Anbima. Porém, Giufrida destacou que a emissão de ações da Petrobras, do pré-sal, teve boa contribuição para o resultado acumulado no ano.

Em setembro, a emissão da companhia de petróleo e gás foi considerada como megaoferta, tendo em vista que o valor chegou a, aproximadamente, R$ 120 bilhões. Descontando esta captação, as demais representaram R$ 29 bilhões no segmento de renda variável.

ABERTURA - Para que as empresas negociem suas ações na Bolsa de Valores, é necessário a abertura de capital. Depois de cumprirem adequações rígidas regulamentadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), as companhias fazem o IPO (sigla em inglês muito utilizada pelo mercado para oferta pública inicial), que nada mais é que lançar, pela primeira vez, os papéis no mercado. E nos 11 meses, o volume captado com IPOs subiu 10,4% na comparação anual. Foram R$ 11,3 bilhões.