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Palmeirenses assumem que jejum de títulos incomoda
Anderson Fattori
Com AE
26/11/2010 | 07:44
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A eliminação na Copa Sul-Americana ainda latejava na cabeça dos palmeirenses ontem. Todos tentavam entender o que aconteceu para que a equipe conseguisse transformar o cenário dos sonhos em puro pesadelo. A pressão pela conquista de títulos importantes tem atrapalhado e deixado os jogadores inseguros na hora de decidir. A perna pesa e o raciocínio torna-se lento. Esse é o diagnóstico dos próprios atletas na hora de buscar explicações pelo fracasso, em casa, para o Goiás.

"O Palmeiras não vence há muito tempo e isso pesa em algumas ocasiões, principalmente para alguns jogadores. A gente ainda sente a perda do Brasileiro de 2009 e quem ficou no clube carrega essa pressão. Essa fase tem de acabar", ressaltou Danilo, um dos remanescentes do ano passado, quando o time também patinou na hora de decidir.

O último título do Alviverde foi o Campeonato Paulista de 2008, que é considerado pouco pelos jogadores. "Há muito tempo o clube está sem título de expressão. Teve um Paulista, mas nossos rivais conseguem vencer campeonatos de maior expressão. A pressão só vai acabar quando o Palmeiras conquistar um título de novo", completou o zagueiro.

Mesmo quem individualmente teve boa temporada, como o goleiro Deola, enxerga na ausência de conquistas nesta última década um dos maiores empecilhos ao elenco. "A gente está precisando ganhar. O Palmeiras é grande e precisa disso. É um clube que está carente de títulos", confessou.

Maurício Ramos se disse cansado de só ver a equipe bater na trave e fraquejar nas decisões. "No Paulista foi quase. Na Copa do Brasil foi quase. Agora, quase também. Temos de tentar sair disso", lamentou o defensor.

Os anos de estiagem de títulos não convencem Felipão, que prefere limpar a barra de seus comandados. "Os dez anos não pesaram nada para a maioria. Quem sabe o que são dez anos sem título sou eu, Murtosa, Pracidelli, que estávamos aqui na época. Os jogadores não estavam aqui, não têm nada a ver", comentou.

 

Mesmo com a volta de Belluzzo, Palaia diz que continua no poder

Se não bastassem os resultados ruins em campo, o clima no Palmeiras promete esquentar nos bastidores. Hoje, Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente eleito que havia pedido licença médica, reassume o cargo, mas o interino Salvador Hugo Palaia disse ontem que continuará mandando.

"Sou presidente interino pelo menos até amanhã (hoje). Pelo estatuto, o atual presidente (Luiz Gonzaga Belluzzo) deve reassumir o cargo. Mas continuo no comando das coisas do Palmeiras, especialmente do futebol", garantiu o sempre polêmico dirigente.

Tentando animar o torcedor, Palaia prometeu reforços, mesmo sabendo que, sem a Libertadores, os recursos para 2011 serão menores. "Está na hora de o torcedor do Palmeiras sorrir novamente. Mas, como presidente, não vou medir esforços para montar uma equipe forte", assegurou, de olho nas próximas eleições no clube, programadas para janeiro.




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