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Enxaqueca terá prevenção gratuita
Camila Galvez
17/11/2010 | 07:34
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Se você sente dores de cabeça latejantes, concentradas geralmente em um dos lados do crânio, de intensidade moderada a forte, que duram de quatro a 72 horas e vêm acompanhadas de sensibilidade à luz ou barulho, além de náusea e vômitos, você faz parte dos 15% de brasileiros que sofrem com crises de enxaqueca.

A estimativa é da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), em estudo desenvolvido em parceria com a Sociedade Brasileira de Cefaléia. Com base na porcentagem, o Ambulatório de Cefaléias da instituição está com vagas abertas para selecionar pacientes que testarão tratamento preventivo contra a doença. Para participar, é preciso ter mais de 18 anos e pelo menos dois episódios de enxaqueca por mês.

De acordo com o médico associado ao ambulatório André Leite Gonçalves, a enxaqueca é determinada geneticamente e tem entre as principais causas alterações hormonais, fatores dietéticos, mudanças ambientais, estímulos sensoriais e estresse. “Pouco ou muito sono, jejum prolongado, menstruação, álcool e certos tipos de alimentos também podem provocar crises em pessoas suscetíveis”, destacou.

O médico afirmou ainda que a incidência das crises é maior em adultos jovens. “A enxaqueca só é considerada crônica se persiste por mais de 15 dias”, esclareceu. Segundo Gonçalves, estudos norte-americanos apontam que as crises incapacitam o indivíduo para o trabalho e podem gerar perdas para as empresas.

O estudo da FMABC irá comparar a eficácia de duas medicações no tratamento preventivo da doença, uma à venda no mercado nacional e outra disponível somente fora do País. Após passar pela triagem a fim de identificar se o candidato possui mesmo enxaqueca, os participantes receberão tratamento por cerca de três meses. “A cura total da doença não existe, mas é possível prevenir as crises e diminuir a intensidade da dor”, disse o especialista.

Evitar alimentos como vinho tinto, chocolate, salgadinhos e embutidos pode ajudar, além de fugir de situações de estresse e ansiedade. “Alguns pacientes também precisam de acompanhamento psicológico”, destacou Gonçalves.

 




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