O Internacional conheceu ontem o caminho a ser percorrido na busca pelo bicampeonato do Mundial de Clubes. A Fifa sorteou ontem em Zurique, na Suíça, as chaves e confrontos do torneio, que inicia no dia 8 de dezembro, em Abu Dhabi, Emirados Árabes.

Como a equipe brasileira entra diretamente na semifinal, aguardará o vencedor do duelo entre Pachuca, do México, e o campeão da Liga dos Campeões da África, que será decidida no dia 14 por Esperance (Tunísia), e Mazembe Englebert, (Congo).

"Restou ao Internacional a chave mais difícil, com o Pachuca e o representante da África. Mas quem quer ser bicampeão mundial, e o Inter é o primeiro que pode ser desde que a Fifa assumiu a competição, tem que passar por cima e superar os adversários", disse o presidente do Colorado, Vitório Piffero, que esteve presente à solenidade.

Se der a lógica e o Pachuca passar à semifinal, o Inter terá a favor o retrospecto contra mexicanos. Desde 2006 foram oito jogos, com sete vitórias e apenas uma derrota. Mas o desempenho recente contra um africano também rende boas lembranças à torcida gaúcha. Na conquista do Mundial de 2006, a equipe venceu o Al Ahli, do Egito, nas semifinais, antes de bater o Barcelona na decisão.

Enquanto isso, no outro lado da chave a competição inicia nas oitavas de final. O primeiro duelo será entre o local Al Wahda e o Hekari United, de Papua Nova Guiné. Quem passar deste confronto enfrentará o campeão asiático que ainda será definido (Seongwan Ilhwa, da Coréia do Sul, ou Zob Ahan, do Irã). Só aí que a italiana Inter de Milão aparece, também nas semifinais. Se confirmadas as expectativas, a decisão do título deverá ser entre Internacionais.

POLÊMICA - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, criticou o formato dodo primeiro Mundial, realizado em 2000, no Brasil, conquistado pelo Corinthians. A mudança no regulamento daquela edição para as demais foi a constatação de erros de planejamento no critério de escolha dos clubes.

"Nós tivemos a final com dois times do mesmo país, Corinthians e Vasco. Após a vitória do Corinthians, falamos: ‘Algo está errado, precisamos de um novo formato. Não podemos ter dois times do mesmo país na decisão'", disse.