Setecidades Titulo Obras
Ribeirão pleiteia R$ 20 mi do Ministério do Turismo
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
16/04/2013 | 07:00
Compartilhar notícia
Orlando Filho/DGABC


A Prefeitura de Ribeirão Pires pedirá hoje ao Ministério do Turismo R$ 20 milhões para alavancar o setor na cidade, que traz no nome o título de Estância Turística. O recurso será utilizado para construir teleférico que ligará a Vila do Doce ao antigo camping da Prefeitura, hoje desativado, além de chafariz na região central e revitalização do Parque Ecológico Municipal Milton Marinho de Moraes. O prefeito Saulo Benevides (PMDB) estará em Brasília para pleitear o recurso junto ao ministro Gastão Vieira. A reunião foi articulada pelo vice-presidente Michel Temer.

As obras integram o plano de governo do peemedebista. Segundo Saulo, também foi solicitado ao Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), da Secretaria de Turismo do Estado, o montante de quase R$ 5 milhões para o teleférico, totalizando R$ 25 milhões em investimentos no setor. "A gestão anterior utilizava os recursos do Dade para obras de infraestrutura, mas isso não atrai público. Precisamos de projetos que tragam o turista para a cidade", garante Saulo.

A previsão é construir o teleférico, orçado em R$ 15 milhões, em duas partes: a primeira irá da Vila do Doce até o Mirante Santo Antônio e a segunda, do mirante até o antigo camping da Prefeitura, passando sobre a Represa Billings. A ideia é que as cabines sejam fechadas, ao invés das tradicionais cadeirinhas.

O Diário visitou ontem o morro Santo Antônio e constatou que será necessária também a revitalização da área. A capela tem pichações em diversos pontos, o mato está alto, e até mesmo a Bandeira do Brasil hasteada no alto do morro está rasgada.

No momento da visita, dois moradores de rua dormiam no jardim em frente à igreja.

CHAFARIZ

Para o chafariz de luzes nos moldes do existente hoje no Parque do Ibirapuera, na Capital, a Prefeitura estima verba necessária de R$ 5 milhões. A ideia é que a várzea do Córrego Aliança seja alagada para a instalação do equipamento.

O restante da verba será utilizado para a revitalização do parque municipal, que fica às margens do Rio Ribeirão Pires.

Fábrica de Sal e Capela de Santa Luzia ficam de fora

Dois prédios históricos que tiveram projetos apresentados na gestão anterior para restauro e reconstrução, respectivamente a Fábrica de Sal, no Centro, e a Capela de Santa Luzia, no bairro de mesmo nome, ficaram de fora do pedido de verbas federais do prefeito Saulo Benevides (PMDB).

Segundo o chefe do Executivo, as prioridades são o teleférico e o chafariz, como consta no plano de governo. "Mas isso não significa que esquecemos dos outros projetos. A Fábrica de Sal e a Capela de Santa Luzia precisam de estudos técnicos para precisarmos o valor necessário das obras para recuperá-las", disse Saulo.

Conforme o Diário publicou em março, o projeto para restauro da Fábrica de Sal teve acréscimo de 72% em dois anos. Inicialmente, estava orçado em R$ 4 milhões, que foram solicitados pelo governo Clóvis Volpi (PV) ao Ministério do Turismo em 2011. Neste ano, a estimativa é que sejam necessários R$ 6,9 milhões. Enquanto aguarda a verba, o edifício símbolo da industrialização da cidade virou depósito de lixo.

Já a Capela de Santa Luzia não aguentou esperar: caiu no início de 2010 após sucessivas enchentes. No fim do mesmo ano, a Prefeitura prometeu construir réplica da igreja ao custo de R$ 250 mil, mas a obra não saiu do papel.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;