Acidentes na Rodovia Índio Tibiriçá, como o ocorrido ontem, não são novidade para os moradores. Quem vive nos bairros à margem da estrada contam que colisões graves acontecem praticamente toda semana. "Já perdi três parentes. O mais recente foi há 15 dias em uma colisão entre carro e caminhão. Algo precisa ser feito", desabafou o roceiro Sebastião Pereira, 55 anos, que mora no condomínio em frente ao local do acidente.

Outro morador do residencial, o aposentado Ricardo Galassi, 63, cobra a instalação de lombadas. "Assim não viraria uma pista de corrida".

Atropelamentos também são comuns. "Uma vez estava no acostamento com o meu filho de 10 meses e um carro quase me atingiu", contou a monitora escolar Suellen dos Santos, do Parque Andreense.

A dona de casa Silvia Britto, 35, já demorou uma hora e meia para atravessar a via. "É praticamente impossível."

Para o professor de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso de Franco Peixoto, fiscalização ostensiva, lombadas eletrônicas e passarelas seriam as soluções para o tráfego sobrecarregado da Índio Tibiriçá. "Uma via desse porte e de pista única tem mais concentração de acidentes. Além disso, dá acesso a outros corredores, como o Rodoanel", explicou.