O emprego nas indústrias brasileiras cresceu 0,7% em março sobre o mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a terceira aceleração consecutiva. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve alta de 2,4% – a segunda taxa positiva seguida e a maior desde agosto de 2008. No primeiro trimestre, a elevação acumulada é de 0,7%.

No confronto anual, houve avanço no emprego industrial em 15 dos 18 setores pesquisados, com a influência de alimentos e bebidas (2,5%), máquinas e equipamentos (4,5%), têxtil (6,2%), calçados e couro (5,2%), produtos de metal (4,2%) e meios de transporte (3,1%). Por outro lado, madeira (-9,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,4%) e vestuário (-0,6%) apontaram resultados negativos.

Na análise por região, houve elevação no pessoal ocupado em todos os locais pesquisados, com destaque para São Paulo (2,7%), região Nordeste (3,5%), Rio Grande do Sul (3,2%), Ceará (8,7%) e região Norte e Centro-Oeste (2,6%).

Horas pagas e folha de pagamento - De acordo com o IBGE, o número de horas pagas aumentou 1% sobre fevereiro. Em relação a março de 2009, houve acréscimo de 3,7%, a segunda alta seguida e a maior desde fevereiro de 2008 (4,1%). No ano, o indicador também ficou positivo (1,8%), enquanto em 12 meses, houve retração de 4%.

O valor da folha de pagamento real (com o desconto da inflação) dos trabalhadores da indústria cresceu 1,2% em março, sobre o mês anterior, acumulando ganho de 9,5% nos três primeiros meses do ano. Houve alta também, de 5,6%, na comparação com o terceiro mês do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, a desaceleração é de 1,9%.