Setecidades Titulo Homicídio
Sobrinho de vítima de policial está traumatizado com crime
Guilherme Russo
Do Diário do Grande ABC
01/04/2010 | 07:28
Compartilhar notícia


O sobrinho de 5 anos do operador de máquinas Humberto Márcio Pedroso de Síbia, 35, ficou traumatizado por ter presenciado o homicídio do tio, que foi morto no sábado pelo policial civil Márcio Henrique Amaro de Souza, 45, o Carioca, em sua presença, em um condomínio de Ribeirão Pires. A informação é dos familiares da vítima, que pretendem acionar judicialmente o investigador para uma indenização por conta do fato.

Mulher do operador de máquinas, a copeira desempregada Damaris Pedroso de Síbia, 42, contou que o menino chora toda vez que tentam tirá-lo da residência onde mora com os pais. "Ele trava. Fala que odeia a polícia", disse Damaris, contando que a família acionou um advogado ontem, para ajuizar esta ação e acompanhar o caso investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

Drama parecido sofre o filho mais velho do casal, de 17 anos, que é deficiente mental. "A gente quase levou ele para o hospital ontem (anteontem) à noite. Ele ficou chorando quase três horas", contou. Damaris explicou que o adolescente não sabe falar, mas mostra sinais de inteligência. Porém, o único familiar que ele respeitava era o pai. Para que ele parasse de chorar, foi necessário que um tio o acudisse, segundo contou a mãe.

A família pretende ainda acionar o Estado, pois alega que foi expulsa da Delegacia de Polícia de Ribeirão Pires pouco após o homicídio de Síbia. O primeiro boletim de ocorrência sobre o caso tem apenas a versão do investigador Carioca sobre o homicídio, registrando que o operador de máquinas teria feito menção de sacar uma arma de fogo ao ser abordado. Nenhum revólver ou pistola foi encontrado em poder do morto.

Mesmo de férias da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de São Bernardo, Carioca pode ser preso, segundo informações da Corregedoria-Geral da Polícia Civil emitida em nota pela SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública). Porém, até ontem, a prisão do investigador ainda não havia sido pedida à Justiça. Uma equipe de TV esteve ontem no condomínio na Estrada da Cooperativa, onde o crime foi praticado e Carioca vive, mas não localizou o policial.

A corregedoria não concedeu entrevistas ou forneceu mais informações para não atrapalhar as investigações, segundo informou a SSP.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;