O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) ainda não utiliza a primeira área de expansão do aterro sanitário de Santo André. Prometida para janeiro, homens e máquinas ainda trabalhavam ontem na preparação do terreno de 6 mil metros quadrados, localizado na mesma região do depósito de lixo. Segundo a empresa, as chuvas do início do ano são as culpadas pelo atraso da obra.

Aprovado pelo governo do Estado no fim do ano passado, o projeto de expansão do aterro prevê ainda o uso de outra área, com 40 mil metros quadrados - atualmente ocupada por uma cooperativa de reciclagem -, que, segundo a previsão do Semasa, deverá estar pronta para receber resíduos a partir do primeiro semestre de 2011. Com isso, o aterro ganhará sobrevida de 13 anos.

Ao longo do ano passado, o Diário noticiou que o equipamento estava próximo de atingir o máximo da capacidade de armazenamento, Inaugurado em 1986, o depósito de resíduos, localizado no bairro Cidade São Jorge, já recebeu mais de 4 milhões de toneladas de lixo.

Resposta - Procurado, o Semasa culpou o volume de chuvas entre os meses de dezembro e janeiro pelo atraso nas obras. A previsão da autarquia é que dentro de 15 dias o espaço passe a receber detritos.

Em relação à capacidade do aterro de receber lixo, a empresa respondeu que o local "encontra-se dentro de sua capacidade de armazenamento e passa por avaliação periódica dos técnicos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental)".

Segundo o Semasa, um dos fatores para o prolongamento da vida útil do depósito foi o aumento dos serviços de coleta seletiva em Santo André. Em 2009, foram recolhidas 8.433 toneladas de produtos recicláveis, índice considerado recorde pela autarquia. Dados da empresa apontam ainda que no primeiro bimestre deste ano houve crescimento de 33,3% no volume coletado, no comparação com os dois primeiros meses de 2009.