Escolas estaduais da região devem ficar sem aula hoje. Os professores da rede irão participar de assembleia na Praça da República, centro de São Paulo, a partir das 15h. Na pauta de discussões, estão pedidos de aumento salarial e melhores condições de trabalho. A reunião pode terminar com anúncio de greve.

Pelo menos quatro ônibus sairão da subsede de São Bernardo da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado) por volta das 13h para ir à assembleia. No mínimo uma escola da cidade ficará totalmente paralisada.

Cerca de 700 educadores de Mauá devem comparecer ao encontro, o que motivará a paralisação de dois colégios do município. Mais 70 profissionais deverão sair de Ribeirão Pires para acompanhar as negociações. As subsedes de Santo André e Diadema não foram localizadas ontem. Segundo a Apeoesp, a decisão de paralisar algumas unidades de ensino foi tomada após conversas entre educadores e pais de alunos de cada colégio.

REIVINDICAÇÕES - A categoria reivindica 34,3% de reajuste salarial e pretende discutir a incorporação de todas as gratificações e extensões aos aposentados (sem parcelamento), o fim do provão para professores temporários e da avaliação de mérito, a estruturação de plano de carreira e a criação de concurso público de caráter classificatório.

O salário-base do professor é o mesmo desde 2005, segundo a Apeoesp. Um professor de Educação Básica 1 (que dá aulas da 1ª à 4ª série) recebe R$ 785,50 por jornada de 24 horas semanais, enquanto um professor de Educação Básica 2 (da 5ª série ao Ensino Médio) recebe R$ 909,32.

O sindicato não aprovou a proposta do governo estadual, de incorporar a gratificação do magistério em três parcelas - 2010, 2011 e 2012.