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Região pretende vacinar 390 mil contra gripe
Thaís Moraes
do Diário do Grande ABC
04/04/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A 15ª campanha nacional de vacinação contra a gripe tem início no dia 15 e segue até o dia 26 de abril. A estimativa é que aproximadamente 390 mil pessoas sejam vacinadas no Grande ABC, número similar ao do passado, quando o esperado era a imunização de 391,8 mil pessoas. O levantamento não inclui Rio Grande da Serra, que não apresentou dados.

A novidade deste ano é a inclusão de mulheres até 45 dias após o parto (em puerpério) no público-alvo. "Acho ótimo incluir as mães porque não tive oportunidade de ser vacinada durante a gravidez. Além de me beneficiar, estarei protegendo a minha filha pelo aleitamento materno", comenta a analista de atendimento Tuira de Siqueira Farias, 24 anos e mãe da recém-nascida Naara.

Nos grupos prioritários da campanha também estão presentes idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses até 2 anos, gestantes, indígenas, profissionais da área de Saúde, pessoas privadas de liberdade e portadores de doenças respiratórias, cardíacas, hepáticas, neurológicas, diabéticos, obesos, imunodeprimidos e transplantados.

As primeiras campanhas contra o vírus influenza eram destinadas apenas aos idosos, grupo que geralmente apresenta complicações decorrentes da doença. "Depois que a campanha começou, o número de idosos com infecções respiratórias despencou. Hoje somente 30% dessa população sofre com complicações, o que consequentemente diminui mortes, internações e filas nos postos de Saúde", observa o médico e professor titular da disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC, Elie Fiss.

Um mito que cerca a vacinação contra o vírus influenza é o fato de as pessoas acharem que depois de imunizadas podem contrair a doença automaticamente. "A vacina contém pedaços de vírus diferentes. Para contrair a gripe é necessário ser infectado por um vírus. O que pode acontecer é o paciente ter reações (2% dos casos) ou pegar um resfriado, o que não é a mesma coisa", esclarece Fiss.

A vacina protegerá contra três subtipos de gripe que mais circularam no inverno passado (A/H1N1, A/H3N2 e influenza B). Como o vírus sofre constantes mutações, a cada ano é desenvolvida outra fórmula a fim de combatê-lo. A imunização ocorre entre 70% e 80% do público-alvo e não é indicada para quem tem alergia a ovo, porque geralmente as vacinas são produzidas com proteína provenientes do alimento.

"As pessoas não levam a gripe a sério até acontecer pandemia e todo mundo ficar desesperado. Por isso é extremamente importante que todos compareçam aos postos e sejam imunizados, alerta o especialista.




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