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PT buscará na Justiça mandato de Arns
04/09/2009 | 07:47
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O PT deve requerer na Justiça o mandato do senador Flávio Arns (PR), que anunciou a saída do partido no dia 19, quando os petistas absolveram o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Em reunião realizada ontem, a Executiva do PT decidiu encaminhar o caso para o diretório nacional, mas já indicou que é preciso pedir de volta o mandato de Arns.

A mesma posição, porém, não será tomada em relação à senadora Marina Silva (AC), a ex-ministra do Meio Ambiente que deixou o PT e se filiou ao PV para se candidatar à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar das críticas de Marina ao PT, a cúpula petista considerou que ela conduziu o processo "sem oportunismo" e não reivindicará o seu mandato na Justiça.

"Há consenso no PT de que Marina saiu de forma respeitosa, demonstrando apreço pelo partido. Já Arns entrou formalmente no PT, mas nunca se integrou de fato e o não pagamento regular de suas contribuições demonstra isso", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).

Arns chegou a dever R$ 66 mil ao PT, já que desde 2007 não pagava o dízimo. Pelo estatuto do PT, parlamentares são obrigados a contribuir com 20% de seus salários para o caixa do partido. O senador, porém, só quitou a dívida agora.

Tanto Arns como Marina anunciaram o desligamento do PT justamente no dia em que a sigla inocentou Sarney no Conselho de Ética. Com as duas baixas, a bancada petista no Senado ficou com apenas 10 parlamentares. "O PT jogou a ética no lixo", protestou Arns, na ocasião. "Posso dizer que me envergonho de estar no PT."

Para a cúpula petista, o senador adotou "atitude oportunista" porque já estava de malas prontas e aproveitou a crise no Senado para anunciar a desfiliação. Na versão de dirigentes do PT, Arns sabia que enfrentaria dificuldades para ser candidato à reeleição, em 2010. Ex-tucano, ele diz estar examinando convites de várias siglas, mas ainda não decidiu seu destino partidário.

A Executiva do PT referendou mais uma vez a posição de Berzoini, que no mês passado recomendou a absolvição de Sarney aos senadores do partido com assento no Conselho de Ética.TL




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