Diante da iminente perda do PSDB da base aliada e prevendo a saída de outros partidos, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), criou um conselho político formado pelos presidentes e secretários das siglas que compõem a base de sustentação (PSDB, PMDB, PSB, PDT, DEM, PV e o próprio PTB). A medida foi tomada ontem em reunião conjunta com a bancada e a executiva tucana. A jogada do prefeito fez o PSDB recuar e acertar a permanência de Marcelo Chehade na liderança.

Segundo José Luiz Cestari, presidente do PSDB em Santo André, o prefeito presidirá o conselho, que será organizado a partir de hoje. "Todos os partidos terão poder de decisão conjunta sobre as políticas publicas na cidade. Estamos satisfeitos porque nossa reivindicação de participar ativamente nas decisões do governo foi atendida", enfatizou.

Com essa afirmação, Cestari justificou a permanência de Chehade no posto de líder do prefeito na Câmara, cargo colocado à disposição na segunda-feira. O que para o parlamentar já era previsível. "O prefeito reiterou que deseja a continuidade de nosso trabalho. Embora a oposição estivesse torcendo contra, vamos ficar. Estou feliz porque poderemos opinar e participar mais dos projetos para a cidade. Não é algo apenas entre PSDB e PTB. Queríamos todos os partidos da base participando e isso foi atendido, afinal, não se governa apenas com dois grupos", declarou Chehade.

O vereador Marcos Cortez afirmou que o prefeito receberá hoje, às 18h, todos os vereadores da base aliada. "Ele está fazendo o que precisava ser feito, trazendo para perto os partidos de apoio", destacou o tucano.

Mas, nem tudo está resolvido. O PSB definirá segunda-feira se permanecerá na sustentação. Os vereadores socialistas são enfáticos sobre a crise nos partidos da base. "Marcamos reunião com toda a executiva para decidir. Hoje, temos dificuldade com acesso ao prefeito e até aos secretários. Isso precisa mudar", afirmou o presidente da sigla e vereador José Ricardo.

O DEM, uma das maiores bancadas da Casa, segue dividido desde o início do ano. O racha na sigla vem causando bate boca constante entre os democratas.