Setecidades Titulo Gripe suína
Infectologista da UFRJ critica ações do governo federal
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
15/08/2009 | 08:49
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O infectologista Edimilson Migowski, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), questiona medidas adotadas pelo Ministério da Saúde para conter a gripe suína. Para ele, há arbitrariedades na realização de exames e na distribuição de medicamento.

A centralização dos exames para a detecção do vírus influenza A (H1N1) em poucos laboratórios em todo o Brasil é um dos pontos que recebe crítica de Migowski. "Em São Paulo, até foi permitido mudar isso. Em outros lugares não. É algo que não tem mistério, a própria UFRJ poderia fazer. Mas parece que estamos em Cuba."

O infectologista reconhece que seria impossível realizar exames em todos os casos suspeitos, mas defende a triagem por amostragem. " Se fazem só nos pacientes graves, gera distorção."

Distorções também são vistas por Migowski na distribuição do Tamiflu (fosfato de oseltamivir). O infectologista critica o fato de o medicamento não ser entregue no mesmo local em que é feito diagnóstico, o que gera custos. "Quem faz as normas não tem noção do que é atender ao paciente na ponta, da carência de recursos que esse povo tem ao pegar um ônibus para se deslocar."

Sem a ampla distribuição, a tendência seria a de mais pacientes desenvolverem um quadro crítico, que exige internação. "São Paulo já anunciou que sente falta de leitos para doentes graves, por exemplo."




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