Setecidades Titulo Entorpecentes
Polícia prende chefe do tráfico no Kibon

Operação da Dise detém 17 pessoas e apreende porções de drogas e arma em Santo André

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
27/03/2013 | 07:00
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Uma operação desencadeada pela Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Santo André deteve, na tarde de ontem, um homem apontado como o chefe do tráfico de drogas no morro da Kibon.

O suspeito, que teve sua identidade preservada para não atrapalhar as investigações, que continuarão nos próximos dias, tem antecedente criminal por roubo e seria o responsável por abastecer pontos de venda de entorpecentes na região do Condomínio Maracanã.

Sua atuação tinha tanto destaque que até bairros de Mauá próximos à divisa com Santo André tinham locais de tráfico sob sua responsabilidade.

Em quatro meses de investigações, os policiais descobriram que o acusado e outros 14 comparsas, que também foram detidos ontem, escondiam as drogas em buracos abertos no chão, no alto do morro.

Quando o bando queria refinar ou embalar a cocaína para venda, erguia lonas ou cobertores em volta para não levantar suspeitas e fazia o serviço ali mesmo, ao ar livre.

De posse das informações, a polícia obteve na manhã de ontem os mandados judiciais necessários para colocar em prática a operação.

Com o apoio do canil da Polícia Militar, o helicóptero Pelicano da Polícia Civil, equipes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e outros agentes da Seccional de Santo André, total de 15 pessoas, entre elas uma adolescente de 17 anos, foram presas. Outros dois suspeitos foram detidos para averiguação.

Ao todo, foram apreendidos 2,5 quilos de cocaína, distribuída em tabletes e pinos prontos para a revenda, além de um revólver calibre 32 em péssimo estado de conservação.

Foi o sexto flagrante seguido dos policiais na área do morro da Kibon desde o início das investigações. Segundo a polícia, estão identificadas todas as pessoas que trabalham para o tráfico de drogas no local. A venda de entorpecentes acontecia em três pontos, todos próximos da favela, sendo um deles em Mauá.

O serviço de investigação buscará agora identificar os fornecedores da cocaína. A polícia sabia de pelo menos dois suspeitos, mas, devido à apreensão de ontem, chegou a um terceiro nome graças a adesivos colados nos tabletes da droga.

Outro objetivo será descobrir as ramificações do traficante, entre elas um provável serviço de repasse da cocaína para Diadema.




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