O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC realizou ontem, em Santo André, o primeiro dos dois dias do seminário que discute a problemática do lixo sob as perspectiva dos catadores. De concreto, a entidade encerrou a etapa com o compromisso de desenvolver políticas públicas regionais para melhor organizar e capacitar os profissionais.

O evento, que contou com a participação de representantes dos ministérios do Meio Ambiente e do Trabalho e Emprego, também celebrou a assinatura de parceria da Unisol (União e Solidariedade das Cooperativas Empreendimentos de Economia Social) com a Agência de Desenvolvimento Econômico da instituição.

"É uma iniciativa ainda pequena, mas é um pontapé inicial para instalarmos um grupo dedicado à economia solidária com a participação direta dos catadores", afirmou o coordenador de projetos do Consórcio, Marcelo Liochi.

No Grande ABC, o exército, por vezes desvalorizado, de homens e mulheres que se dedicam à tarefa social de triar o lixo e selecionar os materiais recicláveis é estimado em cerca de 5.000 pessoas.

"Temos ações individuais que são referências, como em Diadema e Santo André, mas precisamos padronizar o trabalho regionalmente para tentarmos salvar o máximo possível de resíduos", ponderou Liochi.

O seminário será encerrado hoje, com a apresentação da experiência positiva de São José Rio Preto, em São Paulo, e Londrina, no Paraná, na coleta seletiva com inclusão de cooperativas de catadores.

Aterro - Diretamente relacionado às questões do lixo no Grande ABC, o depósito de sanitário de Santo André permanece na iminência de ver se esgotar sua capacidade, mas não tem ainda a data determinada pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).