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Santo André tem o oitavo melhor saneamento básico do Brasil
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
03/07/2009 | 07:06
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Entre 79 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes, Santo André tem o oitavo melhor serviço de saneamento básico, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Trata Brasil. Outras cidades do Grande ABC avaliadas, no entanto, estão em situação bem pior no ranking: Diadema está em 31º lugar, Mauá em 43º e São Bernardo, em 44º.

Segundo o estudo, baseado em dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento do Ministério das Cidades, as cidades brasileiras avançaram 14% nos serviços referentes a esgotos e 5% no tratamento entre os anos de 2003 e 2007, mas, para os pesquisadores, os números ainda são insuficientes.

"O que os dados mostram é que a coleta de esgoto é muito pior que a coleta de lixo e o acesso às redes de água e eletricidade. E, na verdade, os níveis de tratamento, que são os que garantem o manejo correto dos dejetos, ainda estão muito abaixo", afirmou o pesquisador Marcelo Néri, chefe do Centro de Políticas Sociais, vinculado ao Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getulio Vargas. "O problema de saneamento é um verdadeiro buraco para o Brasil, e o País não consegue resolver."

Sete das dez cidades que apresentaram os melhores números no atendimento de saneamento para sua população ficam no Estado de São Paulo: Franca (1º), Sorocaba (3º), Santos (4º), Jundiaí (5º), Santo André, Mogi das Cruzes (9º) e Piracicaba (10º). Completam o ranking a mineira Uberlândia (2º), a fluminense Niterói (6º) e a paranaense Maringá (7º).

Entre as cidades com piores serviços de saneamento básico, quatro estão localizadas no estado do Rio de Janeiro: São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João de Meriti. Também fazem parte da lista as capitais de Rondônia (Porto Velho), do Pará (Belém) e do Amapá (Macapá) e as cidades de Cariacica, no Espírito Santo, Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e Canoas, no Rio Grande do Sul.

SERVIÇOS
Segundo o levantamento, que também teve como base dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 49,44% da população brasileira tem rede de esgoto. O número é muito inferior ao da rede de água encanada (81,11%), de lixo coletado (86,79%) e de eletricidade (98,18%).

Segundo o pesquisador, a questão do saneamento básico deveria ser uma das prioridades em políticas públicas, já que a sua ausência traz muitos impactos negativos na vida das pessoas. "A falta de saneamento implica pior desenvolvimento humano em todas as dimensões, em particular na saúde."




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