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Fundação Casa adianta diálogo sobre criação da unidade de Diadema
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
17/06/2009 | 07:51
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Sem resolver os impasses em São Bernardo e Santo André, a Fundação Casa adianta as tratativas para a construção de uma unidade em Diadema. A entidade informou que haverá uma audiência pública no município para esclarecer dúvidas da população sobre a unidade de internação para crianças e adolescentes em conflito com a lei, mas ainda não há data para o encontro.

O local de construção também é uma incógnita. O presidente da Câmara Municipal de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), disse que o ideal seria o terreno do Estado na saída da Rodovia dos Imigrantes, próximo ao Paço, onde funciona o prédio para jovens que cumprem medidas em semiliberdade. "Não há residências próximas e qualquer outro local seria prejudicial."

A hipótese, no entanto, já foi completamente descartada pela Fundação Casa, que adiantou ter outro terreno disponível. O endereço não foi revelado.

Atualmente cerca de 300 crianças e adolescentes do Grande ABC cumprem medidas socioeducativas nas unidades da Fundação Casa longe de suas residências. A maioria está na Capital. A distância, além de descumprir determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), é vista como obstáculo no processo de ressocialização.

A unidade prevista para Diadema segue o mesmo padrão da instalada em Mauá, única da região. Serão 56 vagas, sendo 40 para internação e 16 destinadas aos que aguardam sentença judicial.

Outras cidades - Em Santo André, a construção de duas unidades da Fundação Casa - com 56 vagas cada - emperrou desde que a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) indicou a contaminação de chumbo e arsênico no lençol freático do terreno doado pela Prefeitura. Próximo ao Viaduto Cassaquera, o local é um depósito de resíduos sólidos mantido pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

O Estado contratou uma empresa para avaliar o grau de condenação do espaço, mas para isso precisa que o Semasa retire os detritos. A autarquia afirmou que nos próximos dias vai finalizar os estudos sobre como será feita a operação. A Fundação Casa prometeu que a liberação ou rejeição do terreno será anunciada em até 60 dias.

Em São Bernardo, desde que o Estado rejeitou, no fim de maio, o segundo espaço oferecido pela Prefeitura - no pátio do Sindicato dos Cegonheiros, no bairro Batistini -, as conversas não evoluíram. O imbróglio foi criado depois que o município se declarou contrário à instalação da unidade no Km 23 da Rodovia dos Imigrantes, no bairro Alvarenga, em área que pertence ao Estado.




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