O desempregado Anderson Clayton de Santana, 24 anos, foi preso ontem, acusado de cometer furtos na capela São José Operário, na Vila Capuava, em Mauá. A situação crítica da igreja foi publicada no Diário ontem: em uma semana, o local sofreu 17 incidentes de roubos e vandalismo.
O rapaz suspeito pelas inúmeras invasões foi capturado na manhã de ontem pelos investigadores do 1º DP de Mauá. Santana estava com um saco cheio de rolos de fios elétricos e uma sineta.
Santana, que confessou ser usuário de crack, alegou que entrou na capela porque percebeu que o local estava pegando fogo. "Vi esses materiais jogados lá e resolvi levar embora." Ele contou que, na sexta-feira, vendeu os fios que furtou da igreja por R$ 10 para um ferro-velho.
O acusado admitiu que conhece as outras pessoas que teriam furtado objetos da capela e que colocaram fogo em mobiliários do local.
Segundo os policiais civis, uma casa abandonada nos fundos da capela pode ter sido utilizada pelos criminosos como esconderijo. A suspeita é que usuários de drogas tenham ficado no local e, depois de um tempo, decidiram furtar os objetos da capela. O principal indício para isso foi a própria prisão de Santana. Ele afirmou que, apesar de morar em Santo André, tem circulado nas imediações da igreja nos últimos dias.
Capela - A capela São José Operário tem 44 anos e nos últimos três meses tem passado por reforma de telhado e será pintada.
O padre Luiz Carlos Francisco, responsável pelo local, disse que todos os custos causados pelas ações de vandalismo no lugar terão que ser ressarcidos pela comunidade. "Tudo que é adquirido ali é com muita dificuldade. A igreja São Vicente de Paula ajuda a levantar recursos com programação de festas e bazares", contou o pároco.
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