Setecidades Titulo Precariedade
Sem estrutura, funcionários do Nardini sofrem
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
11/06/2009 | 08:24
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A infraestrutura precária do Hospital Doutor Radamés Nardini não tem prejudicado apenas a população de Mauá e cidades vizinhas. Na linha de frente e muitas vezes vistos como vilões, funcionários também sofrem com a situação. Muitos já se mostram cansados com a falta de melhorias significativas, depois de seis meses com a nova gestão.

"Falta material de limpeza e muitos funcionários compram do próprio bolso quando é necessário", cita profissional ouvido pelo Diário. Também não são raros os casos em que aqueles que estão cara a cara com o público sofrem agressões verbais e até ameaça física.

Falta de profissionais é um dos principais pontos, mas há muito mais no imbróglio que deixa moradores à mercê de um atendimento ineficiente. Fato é que o Nardini ainda se mantém aberto pela determinação e motivação própria de médicos, enfermeiros e demais funcionários que lá trabalham. "Se derem o que é preciso, somos capazes de manter a roda girando o tempo todo. Tem gente muito boa", diz uma funcionária.

Mudanças propostas por membros da Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) no passado não surtiram efeito. Sem respostas, a comissão deixou de ser atuante - a própria Prefeitura reconheceu a inexistência de uma, em relatório entregue à Justiça.

A possível chegada de uma organização de saúde, como a FUABC (Fundação ABC) é vista com certa preocupação por alguns. Muitos têm vínculo exclusivo com a Prefeitura há muito tempo. Caso sejam englobados pela FUABC, perderiam benefícios como as faltas abonadas acumuladas nos últimos anos, por exemplo. Outros estão próximos de se aposentar.

Mas mesmo sem condições de exercer a profissão da melhor forma, poucos se resguardam por eventuais problemas ocorridos durante o serviço. No 1º DP de Mauá, responsável pela área, não há registro de boletim de ocorrência por preservação de direitos, que poderia ser invocada para casos que colocam a vida dos pacientes em risco. 




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