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Na região, só São Caetano e Mauá aderem ao Saresp
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
24/04/2009 | 07:52
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A proposta do governo do Estado de pagar os custos para que os estudantes das redes municipais participem das provas do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) surtiu pouco efeito na região. Por enquanto, só Mauá e São Caetano aceitaram. Santo André já comunicou que não participará. O exame está previsto para os dias 10, 11 e 12 de novembro.

O Saresp foi criado para medir o desempenho das escolas estaduais, mas desde o ano passado o governo convida os municípios a integrar a avaliação. A novidade deste ano é que as cidades que aderirem ao exame receberão verbas por meio de um convênio firmado com a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). A medida seria uma estratégia para aumentar a adesão municipal - das 645 cidades brasileiras, 183 participaram do exame no ano passado.

O objetivo do Estado é unificar a avaliação do desempenho em todas as redes. É provável que as escolas particulares também sejam obrigadas a participar do exame neste ano. Só falta uma regulamentação do secretário Paulo Renato de Souza para a determinação entrar em vigor. A obrigatoriedade não é vista com bons olhos pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo. "Não somos contra nenhum tipo de avaliação, mas o Saresp não avalia escola alguma. Além do mais teríamos de arcar com os custos da aplicação da prova. Mas aguardamos uma comunicação oficial", explicou o presidente do sindicato, Benjamim Ribeiro da Silva.

Quanto à avaliação das redes municipais, as prefeituras de Ribeirão Pires e Diadema estudam a possibilidade de aderir ao Saresp. Em Rio Grande da Serra, o Ensino Fundamental não é municipalizado, por isso está fora da discussão. São Bernardo não retornou ao pedido de informações do Diário.

A secretária de Educação de Santo André, Cleide Bauab Eid Bochixio, justificou a negativa ao exame explicando que o município já se utiliza de dois sistemas de avaliação estipulados pelo MEC (Ministério da Educação): a Prova Brasil (4ª série) e a Provinha Brasil (1ª série).

A Prefeitura de Mauá que fará o exame pela segunda vez, respondeu "que o Saresp é uma das ferramentas que possibilitam a avaliação da qualidade de ensino." São Caetano também reforçou interesse na participação, porque o governo arcará com os custos.




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