A rotina de cerca de dez alunos cegos da Escola Estadual Américo Brasiliense, em Santo André, foi modificada no último mês. É que eles não podem mais contar com o auxílio da sala de aula com recursos especiais, livros em braile e computadores de mão devido a mudança de horário de utilização do espaço. Eles estudam de manhã, mas, agora, a sala só pode ser utilizada à tarde.

"Eles não podem ficar até a tarde na escola para utilizar o espaço, pois precisam se alimentar e também têm outras atividades", disse Vania Lucia Santos de Oliveira, 41 anos, mãe de Edson Henrique, 20 anos. Os estudantes também querem o retorno para o período da manhã da professora de braile que os auxiliava.

A dirigente regional de Ensino de Santo André, Maria Aparecida Felisberto, explicou que, como a turma estuda de manhã, é necessário que o atendimento na sala especial seja à tarde para que os alunos cumpram o reforço no período inverso. A professora ficaria à disposição também à tarde. "Quem tem dificuldade para voltar à tarde deve procurar uma unidade que tenha sala com recursos para deficientes visuais próximo de suas casas", informou.