Setecidades Titulo Invasão em Mauá
Movimento invadiu dois terrenos em Mauá no ano passado
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
20/02/2009 | 07:00
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Além da invasão no Jardim Paranavaí, outro bairro de Mauá também teve área ocupada por integrantes do MTST em 2008. Em 28 de março, reivindicando a inclusão em programas habitacionais, cerca de 150 famílias se apossaram de área particular com 40 mil metros quadrados no Jardim Olinda. Atendendo pedido do proprietário, no dia 2 de abril, a 2ª Vara Cível determinou a reintegração de posse.

Dois dias depois, acordo celebrado entre o dono do terreno e o MTST garantiu 30 dias para que o grupo organizasse a desocupação, com a condição de não permitir mais que famílias se alojassem nem continuasse derrubando a vegetação do local.

O período se prolongou, mas o terreno foi enfim desocupado em 10 de junho. Sem necessidade de intervenção da Policia Militar, as 432 famílias cadastradas pelo movimento deixaram o Jardim Olinda.

A invasão no Jardim Paranavaí começou em 7 de novembro. Sob forte chuva, montando barracas de lona, as primeiras famílias - muitas invasoras do Jardim Olinda - se estabeleceram na área de propriedade da Prefeitura de Mauá. Se beneficiando da inércia do governo do então prefeito Leonel Damo (PV), os ocupantes aproveitaram para iniciar processo de consolidação da ocupação, erguendo construções em madeira e instalando uma rede irregular de eletricidade, que permite que alguns em barracos tenham televisões e geladeiras. Depois de quase três meses e meio de ocupação, a Justiça determinou a reintegração de posse, ainda não executada.

HISTÓRICO - Outras duas ocupações no Grande ABC são atribuídas ao MTST. Em julho de 2003, em poucos dias, cerca de 7.000 famílias ocupam área de 200 mil metros quadrados onde funcionava uma antiga fábrica de caminhões da Volkswagen na Avenida Doutor José Fornari, na Vila Ferrazópolis, em São Bernardo. Depois de 20 dias, e sob ostensivo cerco policial, os manifestantes abandonaram o terreno pacificamente.

No quinto dia da ocupação, o repórter fotográfico da revista Época Luís Antonio da Costa, o La Costa, foi atingido por um tiro à queima-roupa e morreu em frente ao acampamento. A arma de fogo foi disparada por um homem que fugia após ter roubado um posto de combustível com dois comparsas.

A outra movimentação do grupo no Grande ABC foi realizada em 2007, quando 300 pessoas ocuparam um terreno por cerca de uma semana no bairro Taboão, em Diadema.




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