Um levantamento realizado pela SRTE/SP (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo), no período de novembro de 2008 até a primeira quinzena de fevereiro, mostra que 5.964 postos de trabalho foram fechados por efeitos indiretos das incertezas da economia. No mesmo período 16 acordos de suspensão de temporária de contrato (layoff) foram registrados, e atingiu 2.382 trabalhadores.

A superintendente da SRTE, Lucíola Rodrigues Jaime, avalia que "nós não temos de fato crise no Estado de São Paulo. Temos, isso sim, retração econômica de alguns poucos setores que são reflexo do impacto da crise lá fora".

Para Cícero Firmino da Silva, o Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, a crise existe sim e constata que, na sua base, nunca houve tanta demissão como nestes últimos três meses. "Há setores que sofreram mais do que outros, mas todos sentiram de alguma forma porque houve redução de poder de compra", comenta.

Os dados do STE foram divulgados na última terça-feira durante reunião com as Centrais Sindicais e representantes de sindicatos de trabalhadores para discutir os acordos coletivos de suspensão temporária de contrato de trabalho, com direito ao benefício Bolsa Qualificação, fechados de novembro do ano passado até agora.