A diretoria do Hospital Doutor Radamés Nardini foi comunicada em dezembro sobre o risco de contaminação das faxineiras por materiais perfuro-cortantes depositados em recipientes inadequados. Mesmo assim, não tomou providências na ocasião para resolver o problema.
Três documentos foram protocolados pela enfermeira responsável pelo setor de segurança do trabalho na área de higienização. Os diretores foram avisados que agulhas e seringas com alto poder de contaminação eram descartados em caixas abertas de papelão e garrafas plásticas. A situação foi comprovada por reportagem do Diário no local.
O teor das cartas recebidas pelo comando do hospital em 5, 17 e 29 de dezembro é semelhante e a preocupação, crescente. O atraso de cinco dias no recolhimento do lixo hospitalar na última semana do ano expôs o descaso com a situação. "O odor dessas lixeiras já está ficando forte e a quantidade de moscas está muito grande", anotou a responsável no último comunicado.
Os avisos são posteriores à visita do Cremesp (Conselho Regional de Medicina) ao hospital. O relatório produzido no início de dezembro pela entidade e entregue ao Ministério Público apontou melhorias em relação à situação relatada em 2006 - documento que provocou a instauração de ação civil contra a Prefeitura de Mauá.
A atual administração informa que já foram providenciados descarpacks (recipientes específicos para o descarte de material contaminante). Informado, o Coren (Conselho Regional de Enfermagem) não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas comunica que acompanha de perto.
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