Setecidades Titulo Tráfico
PF prende bando de tráfico de armas
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
10/01/2009 | 07:07
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A PF (Polícia Federal) desarticulou entre quarta-feira e ontem uma quadrilha que fabricava, contrabandeava e vendia armamentos para grupos criminosos na Capital, Mauá e Santo André. As armas eram vendidas para integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), além de outras quadrilhas para a prática de diversos roubos, principalmente assaltos a bancos.

Foram presas quatro pessoas e dois homens estão foragidos. Entre os não-localizados está Lindivaldo Leite Soares, morador de Mauá. Agentes também tentaram cumprir um mandado de busca e apreensão em Santo André, mas não encontraram nada no local. O endereço não foi divulgado.

"Conseguimos quebrar um braço importante do crime organizado em São Paulo, pois o grupo era um dos principais fornecedores de armas para quadrilhas", afirmou o delegado Fábio Simões, da Delegacia de Combate ao Tráfico de Armas.

Foram apreendidas com o bando 15 mil munições e 62 armas, incluindo armamentos de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras. Um fuzil era vendido, em média, por R$ 2.000, quando no mercado formal vale cerca de R$ 6.000. Revólveres e pistolas foram vendidos pelo grupo a R$ 400, um terço do preço no comércio legal.

A operação foi batizada de Visconde, em alusão ao personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo Visconde de Sabugosa. Segundo a Polícia Federal, o líder do grupo, J.R.S., 59, é parecido com a criação do escritor Monteiro Lobato. Os nomes dos detidos não foram divulgados.

J.R.S., foi preso na quarta-feira em Sapopemba, na Zona Leste da Capital. Ele era responsável por uma fábrica caseira de armas. Outro detido é M.C.D.V., 36, que tinha habilidade em produzir armas com latão e outros metais. Outro preso foi G.R., 60, dono de uma loja de armas na Vila Mariana, Zona Sul da Capital. "O estabelecimento servia para esquentar munições e armas ilegais", contou o delegado Simões. A quarta pessoa presa foi a mulher M.A., 59, que ajudava a esconder armas em uma residência em Sapopemba.

A investigação da Polícia Federal começou há seis meses, a partir de apurações de casos de roubos a bancos. Parte dos armamentos entrava no Brasil pelo Paraguai.




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