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Mauá continua com falta de remédios

Mais de 2 meses após a assinatura de um contrato, UBSs ainda não têm remédios como dipirona e aspirina

William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
19/11/2008 | 07:01
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Dois meses e meio após a assinatura de um contrato emergencial para sanar a crise de falta de medicamentos em Mauá, a população ainda não encontra nas farmácias das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) remédios simples como dipirona, aspirina e amoxicilina. A Secretaria de Saúde atribui a carência a problemas financeiros.

Na UBS São João, o Diário acompanhou a distribuição de medicamentos e notou que, de duas dezenas de pessoas que passaram pela farmácia, somente duas pessoas foram atendidas - conseguiram anticoncepcional.

Na UBS Zaíra 2, a média de um fornecimento para cada dez pedidos se manteve. A analista de atendimento Patrícia Lopes de Oliveira Gomes, 25 anos, buscava analgésico e antiinflamatório para a filha de seis meses, mas voltou para casa sem nada. "Não tem paracetamol, dipirona, nem nada. Fica difícil desse jeito."

A população também teria manifestado indignação, ameaçando funcionários pela falta de remédios, o que obrigou o fechamento de portão lateral da UBS.

A secretária de Saúde, Sandra Regina Vieira, reconhece os problemas, e atribui a crise à falta de recursos. Na última semana, o secretário de Finanças, José Francisco Jacinto, admitiu atraso nos pagamentos às seis empresas contratadas emergencialmente. "A parte financeira é o que comanda esse tipo de situação. Na parte técnica, acredito que houve uma evolução, sim."

O Ministério Público sinaliza com a possibilidade de responsabilizar criminalmente as autoridades de Mauá, em nova ação. "Para mim, tem sido um fato inédito ver um município inerte depois de uma liminar", apontou o promotor Zenon Lotufo Tertius. A multa imposta pela Justiça em relação aos problemas do Hospital Doutor Radamés Nardini não teria surtido o efeito desejado, de coagir a administração pública a resolver os problemas de Saúde do município.




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